Vergonhódromo em Gravatá - Magno Martins

Antônio Assis
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A adesão do prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), ao candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, me fez lembrar o cientista Adelmar Marques Marinho, que disse que os políticos brasileiros só precisam de uma coisa: serem honestos com o povo e com eles próprios.
Há menos de um mês, Martiniano abriu o congresso estadual de vereadores em sua terra, na condição de anfitrião, tratando Armando de “meu governador”. Numa conversa com este blogueiro, tão logo encerrou o seu pronunciamento, afirmou que não tinha razões para não votar em Armando.
A política, entretanto, é uma gangorra, muda de posição como o vento e neste, caso, vale lembrar o pensador Pedro Felipe B. Silva, quando disse que sonhava com um dia em que os políticos viessem a ser um exemplo para a sociedade, para que uma criança pudesse dizer:
“Quero ser igual a você quando crescer”. 

Sonhar é um direito de todos, mas a política não tem lugar mais para romantismo nem para os que acreditam em muitas utopias.
Por isso, no caso de Gravatá, no qual o prefeito trabalhista fez juras de amor ao seu velho aliado Armando, que com ele esteve na baixa, exercendo papel fundamental na sua eleição, prefiro recorrer ao guerreiro Leonel Brizola, que na sua sapiência política, detonou assim os políticos oportunistas:
”Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo”.
ROMPIMENTO– Com um ano e meio após a sua eleição, o prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano, não rompeu apenas com Armando. A primeira baixa se deu com o vice-prefeito Rafael Prequé, filho do ex-prefeito Prequé, que na campanha vestiu a camisa e teve igualmente papel importante para derrotar o ex-prefeito Joaquim Neto, que governou o município com mão de ferro.

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