Cinebiografia do escritor Paulo Coelho abre o 6º Paulínia Film Festival

Antônio Assis
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Carlos Helí de Aleida
O Globo

O ator Júlio Andrade, protagonista de "Não pare na pista - A melhor história de Paulo Coelho", na abertura do Festival de Paulínia - Divulgação
PAULÍNIA - Repaginado e ampliado, o Festival de Paulínia, agora transmutado no Paulínia Film Festival, para abrigar atrações estrangeiras, inaugurou sua sexta edição na noite desta terça-feira com a exibição, fora de concurso, de “Não pare na pista – A melhor história de Paulo Coelho”, a aguardada biografia do escritor carioca, que já vendeu mais de 165 milhões de livros no mundo inteiro.
Realizado ao custo de R$ 12,5 milhões, e com sequências rodadas no Brasil e na Espanha, o filme dirigido por Daniel Augusto rivaliza com as ambições do evento que o acolheu: suspenso desde 2012 devido a uma crise administrativa, o festival retorna suas atividades em 2014 distribuindo R$ 800 mil em prêmios.
O Teatro Municipal de Paulínia ficou pequeno para o número de convidados locais e estrangeiros – os diretores Abel Ferrara e Tony Gatlif, a atriz Jacqueline Bisset, e os atores americanos Danny Glover e Michael Madsen, entre outros – que atravessou o tapete vermelho para assistir à longa cerimônia inaugural. O ator Júlio Andrade, intérprete de Paulo Coelho, assistiu grande parte dela sentado nos degraus da plateia.

“Não pare na pista” recria, com a ajuda da ficção, a trajetória do autor de “O alquimista” antes da fama internacional. O roteiro, de Carolina Kotscho (“2 filhos de Francisco”) alterna momentos da vida do escritor na adolescência, na fase adulta e na maturidade para mostrar os tormentos de um personagem em busca de um sonho.
O filme, que chega aos cinemas em 14 de agosto, abre com a imagem de um jovem Paulo Coelho (Ravel Andrade, irmão de Júlio) abrindo os bicos de gás do fogão de casa, numa tentativa abortada de suicídio. É a primeira de muitas crises mentais que resultarão em internações e em conflitos familiares, um caminho tortuoso que o guiará até a parceria com Raul Seixas (Lucci Ferreira) e, no fim, à formação do escritor.
– Para mim, esta noite é particularmente especial porque estou com o meu irmão caçula aqui. Ele sempre vivia dizendo que queria ser ator, e hoje ele está aqui comigo – disse Júlio, abraçando o Ravel, ao lado da equipe do filme.
*O repórter viajou a convite da organização do Festival de Paulínia

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