Pernambuco fecha primeiro semestre com déficit de R$ 148 milhões

Antônio Assis
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JC Online

Pernambuco fechou o primeiro semestre com um déficit primário de R$ 148 milhões. Significa dizer que, sem contar a “poupança” na conta do Estado, este ano até agora saiu mais dinheiro de caixa do que entrou. No acumulado de janeiro até abril, as contas ainda estavam positivas, com um superávit de R$ 160 milhões. Os números foram publicados ontem no Diário Oficial do Estado.
A discussão sobre as contas do Estado é um assunto sensível para o candidato do PSB ao governo, Paulo Câmara, ex-secretário da Fazenda na gestão do ex-governador Eduardo Campos, candidato à Presidência da República e presidente do partido.
O principal responsável pelo resultado negativo foi o aumento de gastos com a folha de pagamentos, de R$ 5,75 bilhões no primeiro semestre do ano passado e de R$ 6,4 bilhões no mesmo período de 2014. É a maior despesa do governo e responde por mais da metade dos gastos públicos.
Logo em seguida vem o item outros gastos correntes, que envolvem repasses obrigatórios de recursos, por exemplo. Essas despesas passaram de R$ 4,6 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 5,37 bilhões de janeiro a junho deste ano.
Em terceiro lugar no crescimento dos gastos aparece um maior investimento, que no primeiro semestre de 2013 chegou a R$ 947 milhões e este ano, no mesmo período, foi de R$ 1,397 bilhão.
Do lado das receitas, o destaque fica para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que saltou de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,2 bilhões. Sozinho, o tributo responde por mais da metade de tudo o que o Estado arrecada. Outro grande aumento veio das operações de crédito: essa receita subiu de R$ 569 milhões para R$ 1,155 bilhão.
A Secretaria da Fazenda (Sefaz) foi procurada para comentar o balanço, mas não disponibilizou porta-voz.

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