Ao apresentar na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa o Relatório
de Gestão Fiscal do Governo do Estado referente ao segundo quadrimestre de 2014,
o secretário da Fazenda, Décio Padilha, traçou um cenário
sombrio para as finanças estaduais no ano de 2015 quando Paulo Câmara (PSB)
assumirá o Palácio do Campo das Princesas.
Em resumo, o secretário declarou o seguinte:
I- Pernambuco deixou de receber este ano cerca de R$ 1,1 bilhão. Esse
dinheiro seria fruto de convênios ou de empréstimos bancários que dependeria do
seu aval.
II- Esse dinheiro não saiu porque o Governo de Pernambuco rompeu com o
Governo Federal.
III- O nível de investimentos da União em Pernambuco em 2014 caiu
drasticamente em relação a 2013.
IV- Para continuar investindo em 2015, Pernambuco terá que contar com
convênios com o Governo Federal ou com novos empréstimos.
V- Pernambuco está comprometendo 44,9% de sua receita com a folha de
pessoal.
VI- Pernambuco terá que fazer um grande esforço para fechar suas contas de
2014.
VII- A LOA de 2015 prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões, mas isto só será
feito com novos convênios e novos empréstimos.
VIII- Enquanto o secretário traçava esse cenário sombrio na Alepe, o prefeito
de Caruaru, José Queiroz (PDT), numa reunião com o governador eleito, Paulo
Câmara (PSB), em Gravatá, cobrava a liberação dos recursos do FEM.
IX- O FEM é uma “quota extra” do FPM que o então governador Eduardo Campos
prometeu aos prefeitos para investimento em obras.
X- Por falta de recursos, este FEM de 2014 não saiu, ainda, e provavelmente
não sairá mais.