Com segunda menor mobilização às urnas, Dilma é eleita por 38,2% do eleitorado

Antônio Assis
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Contas Abertas 

Na apuração eleitoral, a vitória de Dilma Rousseff se deu por 51,6% dos votos válidos e seu concorrente, Aécio Neves, ficou com 48,4%. No entanto, considerando a opção de todo o eleitorado brasileiro, Dilma foi a escolha de 38,2% dos votos e Aécio com 35,7%. Os 26,1% restantes do eleitorado optaram por votar nulo, branco ou não compareceram às urnas.
A quantidade de pessoas que representaram o “não-voto” é a segunda maior desde a redemocratização: 26,1% do eleitorado. Dos 142.821.358 aptos a votar, 37.278.733 não escolheram em qual candidato votar. A desmobilização do eleitorado só foi maior em 2010, quando o número de “não-votos” foi de 26,8% do eleitorado.
Confira aqui os números completos da eleição
O número de eleitores que se abstiveram também fica na segunda posição da história das eleições desde a abertura democrática, só perdendo para as eleições passadas. Este ano, pouco mais de 30.137.317 votantes não compareceram as suas seções eleitorais, o equivalente a 21,1% dos sufragistas. Em 2010, o eleitorado era de 135.803.366 brasileiros e 29.197.152 não foram votar (21,5%).
Outro número que colaborou para a diminuição da mobilização política foi a quantia de brancos e nulos. No segundo turno, 7.141.416 eleitores escolheram essa opção nas urnas, ou seja, 5% do eleitorado. A marca só ficou atrás de 2010, quando 7.142.025 pessoas não escolheram um candidato (5,26%).

O recorde de mobilização eleitoral aconteceu em 1989, quando Fernando Collor chegou ao poder com a primeira eleição direta desde 1964. Naquele ano, 80,6% do eleitorado teve participação ativa (votos válidos) no pleito: 66.166.009. O número de cidadãos que votam branco, nulo ou se abstiveram representou 19,38% do eleitorado.
Com a implementação das urnas a partir de 2002 ficou mais fácil votar e quantidade de votos válidos aumentou. Em 2002, 74,76% do eleitorado escolheu um candidato no segundo turno. Os votos brancos, nulos e os que não compareceram somaram 29.089.086 cidadãos, isto é, 25,4% dos eleitores.
Nas eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva ao segundo mandato, derrotando José Serra no turno final, os votos válidos atingiram 76,11% dos sufragistas (95.838.220). As abstenções somaram atingiram 18,99% (23.914.714) e os votos brancos e nulos, 4,89% (6.160.001).
Em 1994 e 1998 não houve segundo turno nas eleições presidenciais. Nos anos, Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno com 34,3% e 33,9% dos votos totais, respectivamente.

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