Manifestantes pró-democracia completam um mês de protestos em Hong Kong

Antônio Assis
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AFP


Os militantes pró-democracia de Hong Kong convocaram seus seguidores para comemorar nesta terça-feira um mês de manifestações em massa usando as máscaras para se proteger do gás de pimenta e lacrimogêneo lançados pela polícia.

Os organizadores, que querem manter a dinâmica do movimento, pediram durante a noite de segunda-feira que os manifestantes se reúnam em Admiralty, uma das três áreas ocupadas e situada perto da sede das autoridades locais.

Às 17H57, respeitarão 87 segundos de silêncio para recordar os 87 disparos de gás lacrimogêneo que a polícia jogou em 28 de setembro contra os manifestantes pró-democracia que ocuparam uma avenida perto do Conselho Legislativo.

A ação policial contra cidadãos que só usavam guarda-chuvas para se proteger comoveu tanto Hong Kong quanto outros países. 

Milhares de ativistas lotaram as ruas da cidade em sinal de protesto. Os manifestantes, cujo número diminuiu nas últimas quatro semanas, continuam bloqueando as principais artérias da cidade, perturbando os transportes e a atividade econômica.

Na sexta-feira passada, o ex-chefe do governo de Hong Kong Tung Chee-hwa pediu aos manifestantes que abandonassem as ruas e alertou que, caso o protesto prossiga, poderá haver consequências muito sérias para a economia local.

O primeiro dirigentes local depois da devolução da ex-colônia britânica para a China, em 1997, e que em 2005 deixou o cargo após protestos em massa, reapareceu para pedir uma saída pacífica para o conflito.

Os manifestantes exigem a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, e a instauração de um verdadeiro sufrágio universal no território. 

A China aceitou o princípio do sufrágio para eleição do próximo chefe do Executivo em 2017, mas deseja manter o controle das candidaturas.

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