AFP
Os militantes pró-democracia de Hong Kong convocaram seus seguidores para comemorar nesta terça-feira um mês de manifestações em massa usando as máscaras para se proteger do gás de pimenta e lacrimogêneo lançados pela polícia.
Os organizadores, que querem manter a dinâmica do movimento, pediram durante a noite de segunda-feira que os manifestantes se reúnam em Admiralty, uma das três áreas ocupadas e situada perto da sede das autoridades locais.
Às 17H57, respeitarão 87 segundos de silêncio para recordar os 87 disparos de gás lacrimogêneo que a polícia jogou em 28 de setembro contra os manifestantes pró-democracia que ocuparam uma avenida perto do Conselho Legislativo.
A ação policial contra cidadãos que só usavam guarda-chuvas para se proteger comoveu tanto Hong Kong quanto outros países.
Na sexta-feira passada, o ex-chefe do governo de Hong Kong Tung Chee-hwa pediu aos manifestantes que abandonassem as ruas e alertou que, caso o protesto prossiga, poderá haver consequências muito sérias para a economia local.
O primeiro dirigentes local depois da devolução da ex-colônia britânica para a China, em 1997, e que em 2005 deixou o cargo após protestos em massa, reapareceu para pedir uma saída pacífica para o conflito.
Os manifestantes exigem a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, e a instauração de um verdadeiro sufrágio universal no território.
A China aceitou o princípio do sufrágio para eleição do próximo chefe do Executivo em 2017, mas deseja manter o controle das candidaturas.