No Recife, técnicos de enfermagem da rede municipal entram em greve nesta terça-feira

Antônio Assis
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Luiz Filipe Freire
Folha-PE

Os auxiliares e técnicos de enfermagem que atuam na rede municipal de saúde do Recife entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da 0h desta terça-feira (25). A categoria, que realizou paralisações em junho deste ano, alega que acordos firmados entre os profissionais e a Secretaria de Saúde, na época, não foram cumpridos. Os profissionais farão uma passeata da Praça do Derby até o edifício-sede da Prefeitura, no Bairro do Recife, área central da Cidade, a partir das 8h.
Os profissionais da área são responsáveis por procedimentos como a aplicação de vacinas, a administração de medicamentos e a retirada de pontos e curativos. Enquanto durar a greve, 100% dos trabalhadores da classe que atuam nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e Upinhas cruzarão os braços. Já nos setores de urgência e emergência das policlínicas e maternidades, somente 50% vão atender aos pacientes. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), contudo, não deve ser afetado. A paralisação foi aprovada em assembleia, na última sexta-feira (21).
De acordo com o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), a Secretaria de Saúde havia se comprometido a encaminhar para a Câmara Municipal, até o fim deste ano, a lei do Adicional de Desempenho de Equipe (ADE-SUS), mas teria informado à classe, recentemente, que o projeto ficará para 2015. Outro ponto descumprido, de acordo com a categoria, diz respeito à regulamentação do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ). A medida se traduz em incentivos repassados pelo Ministério da Saúde às unidades e equipes.

“Havia sido combinado que essa lei não seria enviada para votação da Câmara sem que fosse discutida conosco. Mas a Prefeitura já fez o encaminhamento para os vereadores, no último dia 19, e a matéria pode ser aprovada já na quarta-feira (26), já que foi levada para lá em caráter de urgência. Foi um desrespeito com a nossa classe”, criticou o secretário-geral do Satenpe, Ademir Luiz.
Procurada pelo FolhaPE, a Prefeitura não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

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