Brasileiros criam centro de programação para crianças e jovens

Antônio Assis
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Um grupo de pais de São Paulo, no começo deste ano, buscava um formato educacional diferente do tradicional e que ensinasse seus filhos a realmente pensar. Liderados pelo empreendedor Daniel Cleffi, eles tiveram uma ideia: apostar na programação computacional.

“Encontramos vários estudos e pesquisas que mostravam como a programação trazia diversos benefícios”, afirma Cleffi, um administrador de empresas pela PUC-SP, com MBA pela ESPM e com 15 anos de experiência como executivo da Microsoft. “Programar ajuda no aprendizado de outra língua, desenvolve o raciocínio lógico, melhora a tomada de decisão, aumenta a agilidade mental e diminui a fadiga.”

Como há um movimento global para o desenvolvimento de uma educação que valorize habilidades como ciências, matemática, tecnologia, engenharia e, claro, programação, sua ideia vingou. E se transformou na MadCode, uma escola aberta em outubro, em São Paulo. O centro ensina crianças e jovens a aprender programação. Há uma razão: “Hoje em dia, as crianças usam tablets, computadores, mas desperdiçando tempo. Queremos educar esses jovens a usar os equipamentos de forma produtiva”, diz Cleffi.

A MadCode ensina crianças e jovens entre 4 e 17 anos a produzir seus próprios programas, games, aplicativos e até robôs. São quatro níveis divididos por faixas etárias, com quatro módulos cada. Para complementar esse espírito inovador, a MadCode oferece cursos de empreendedorismo para os jovens e criará uma incubadora para as ideias inovadoras.

O modelo de ensino é por meio de desafios: em cada aula, os alunos tem uma tarefa a ser completada. Na frente de ensino, uma equipe composta por doutores em educação e psicólogos, educadores, matemáticos e cientistas da computação, executivos da Microsoft e investidores. A equipe tem seis professores e quatro pessoas responsáveis pelo conteúdo programático das aulas. 

Franquias
Mesmo com poucos meses de vida, a escola já treinou 30 crianças e atraiu a atenção de interessados em franquear o modelo. “Todo nosso sistema é próprio, autoral, e tínhamos convicção de que em um momento iríamos expandir por meio de franquias”, afirma Cleffi.

Segundo o empreendedor, a escola já fechou um acordo para abrir uma franquia, que será inaugurada em janeiro. Mas mesmo com tantos pedidos, o cofundador da MadCode está tomando passos cautelosos e sendo criterioso na seleção. Para 2015, eles esperam chegar a 15 unidades em território nacional.

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