247 – Em outro trecho da delação premiada na Operação Lava
Jato, o doleiro Alberto Youssef sugere pagamento de propina em contratos da
refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) aos partidos PP, PSDB e PSB.
Segundo ele, os repasses beneficiaram o senador Ciro Nogueira (PP-PI),
presidente do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador
de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente de avião em agosto, e o
ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que faleceu em março passado.
Os caciques do PP teriam recebido subornos entre 2010 e 2011 da construtora
Queiroz Galvão em um contrato para implantação de tubovias em Abreu e Lima, de
R$ 2,7 bilhões.
O acerto teria sido fechado antes da assinatura do contrato, na época sob
ameaça de criação de uma CPI sobre a estatal. Os R$ 10 milhões de propina também
beneficiaram o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra.
Campos, segundo o doleiro, recebeu igualmente entre 2010 e 2011 R$ 10 milhões
pelo contrato do consórcio Conest, formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS,
para não criar dificuldades nas obras.
Leia aqui em reportagem de Flavio Ferreira sobre o assunto.