FUNCIONÁRIOS DO MCDONALD’S NO MUNDO PROTESTAM POR DIREITOS

Antônio Assis
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Por Juliana Américo Lourenço da Silva
SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (15/04),  os trabalhadores do McDonald's em várias partes do mundo vão às ruas protestar contra as condições de trabalho exigidas pela empresa. Ao todo, são 40 países envolvidos, incluindo o Brasil.
Os manifestantes brasileiros estão se reunindo em São Paulo, Salvador, Goiânia e Brasília. O objetivo do protesto é alertar a população sobre o desrespeito recorrente e contínuo aos direitos trabalhistas por parte da rede de fast food.
O movimento a favor de melhores condições trabalhistas começou nos Estados Unidos em 2012, onde os funcionários também reivindicam pagamento mínimo de US$ 15 por hora (#Fightfor$15). O ato de hoje deve contar, só em seu país de origem, com a participação de 60 mil pessoas, que farão greves ou atos de protesto em mais de 200 cidades.
No caso do Brasil, a campanha começou no dia 24 de fevereiro, quando os trabalhadores entraram na Justiça com uma ação civil pública contra suposta prática de "dumping social" por parte da companhia, por desrespeitar a legislação trabalhista com objetivo de reduzir custos e oferecer preços mais competitivos que os da concorrência. No mês seguinte, outra ação foi perpetrada por acúmulo de funções sem devida remuneração.
Segundo a NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), entre as violações da companhia, estão o pagamento de salários inferiores ao mínimo estabelecido por lei, horas extras não remuneradas, supressão dos intervalos para descanso, indícios de fraudes nos holerites e no registro de horas trabalhadas, além de ausência de horários regulares.
Até o momento da publicação desta matéria, o McDonald's ainda não tinha se posicionado sobre o caso.
O McDonald´s enviou ao 247 um posicionamento sobre os protestos. Leia abaixo:
"A companhia informa que respeita manifestações sindicais e esclarece que os 46 mil funcionários da empresa são representados por 80 sindicatos em todo o País, conforme orientação do Ministério do Trabalho. Temos convicção do cumprimento da legislação, seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante brasileiro, há 36 anos. Especificamente na cidade de São Paulo, o sindicato em questão, que organiza as manifestações, não possui amparo legal para representar os trabalhadores do setor, conforme decisões recentes no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A empresa se orgulha de ser a porta de entrada de milhares de jovens para o mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são premiadas e reconhecidas pelo mercado. A companhia é, por exemplo, uma das Melhores Empresas para Trabalhar na América Latina, segundo o Great Place to Work, há 15 anos. Foi pioneira na implementação do ponto eletrônico e recebeu o selo 'Primeiro Emprego' do Ministério do Trabalho. Nossos funcionários recebem treinamento contínuo, tanto para as funções operacionais, quanto para valores como trabalho em equipe, comunicação, liderança e hospitalidade. Em mais de três décadas de Brasil, a empresa já capacitou mais de 1,5 milhão de pessoas".

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