Paulo Paim deixará o PT até o fim do ano

Antônio Assis
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Paim estuda o partido para qual irá (Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado)

Blog da Folha

Em Pernambuco, existia a expectativa de o senador trocar impressões com o governador Paulo Câmara (PSB), uma vez que corre nos bastidores especulações que a legenda pode ser a alternativa mais viável. Porém, o encontro foi sustado em virtude de incompatibilidade nas agendas. Ele informou que já houve um convite formal da cúpula do PSB em Brasília e que as conversas continuarão até o final do ano.Um dos fundadores do PT no País e contumaz crítico a condução da política do governo Dilma Rousseff (PT), o senador Paulo Paim confirmou, nesta sexta-feira (03), que deixará o Partido dos Trabalhadores até o final do ano. Em passagem por Pernambuco para ministrar audiência pública sobre o projeto da terceirização, que está no Senado para ser apreciado, Paim admitiu que recebeu convites de todos as legendas. No entanto, antecipou que tem simpatia por siglas de centro-esquerda. “Todos os partidos me convidaram dizendo que gostariam que eu tivesse na mesma trincheira que eles. Vou tomar uma decisão que vá na linha de centro-esquerda”, despistou.

No Estado, Paim voltou a criticar o Palácio do Planalto pela condução da política. Segundo ele, as últimas pesquisas que apontaram a queda na aprovação do Governo retratam um mundo real levado pela falta de diálogo e de fazer política por parte da chefe do Executivo Federal. “Dilma não está fazendo política. Não está dialogando com a sociedade, com o parlamento, com a base. Nós mesmos senadores depois que ela se elegeu não tivemos tempo de dialogar com ela. Propostas chegam, mas ficamos sabendo pela imprensa”, desabafou, sublinhando que o “Governo está fora do rumo”.

Ele também criticou o comportamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem definiu como “antidemocrático e truculento”. Para Paim, Eduardo Cunha “é uma grande decepção”. “O que ele tem feito na Câmara não existe. Até hoje nunca vi um presidente agir da forma que ele age. Não respeita os deputados. Isso é preocupante. Se deixar o Eduardo vira um ditadorzinho que ele já é e instala o parlamentarismo e vira primeiro ministro”, disparou o senador petista, minutos antes de ministrar a palestra que teve como objetivo mostrar a população que o projeto da terceirização “vai tirar o direito básico dos trabalhadores”.

O petista trabalha para viabilizar uma nova redação para substituir o projeto atual. A expectativa é que ela seja apresentada e votada até o final do ano.

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