Não se julga homem público por um ato só - Inaldo Sampaio

Antônio Assis
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Pedro Eurico praticou um ato falho na Assembleia Legislativa, mas é um quadro político respeitável

Ensinou Tancredo Neves que não se deve julgar um homem público por um ato só. O julgamento é feito pela História, porém com base no “conjunto da obra” e não num ato isolado. Imaginem se o ex-presidente Getúlio Vargas tivesse sido julgado apenas pela decretação do Estado Novo! Pedro Eurico, secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado, praticou um ato falho no início da semana ao revelar numa comissão da Assembleia Legislativa que dera o número do seu celular para presidiários do Aníbal Bruno. Foi uma confissão infeliz, não resta dúvida, mas não se deve julgá-lo apenas por isto. Ele é um quadro político respeitável, já ocupou diversos cargos em vários governos, dos quais saiu com as mãos limpas, foi brilhante parlamentar na liderança do governo e da oposição, e presidente da Assembleia Legislativa. Sua longa militância política em favor da justiça e da paz, portanto, se sobreporá àquele escorregão.

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