Caso de estudante arremessado de ônibus tem primeira audiência

Antônio Assis
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Wilson Maranhão
Folha-PE

O caso do estudante Harlynton Lima dos Santos, 20 anos, que morreu por complicações médicas após ser arremessado de um ônibus no Terminal do Cais de Santa Rita, em junho de 2015, teve seus primeiros desdobramentos judiciais na tarde desta quinta-feira (5).

Testemunhas de defesa e acusação do processo criminal que indicia o motorista do coletivo José Cândido da Silva, 63 anos, pela responsabilidade na morte do universitário foram ouvidas na primeira audiência de instrução do caso, que ocorreu no Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra.

Antes da sessão, familiares realizaram um ato pedindo justiça pela morte precoce do universitário. "Esse é o primeiro passo na luta por justiça. A morte do meu filho e de outras vítimas, como Camila [que caiu de um ônibus na Cidade Universitária em maio de 2015], não podem ficar impunes. A sociedade espera por uma resposta e tenho certeza que ela virá", comentou o pai de Harlynton, Jocely Santos.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que oferece denúncia contra o condutor, vai sustentar a tese de que o motorista seja levado a júri pelo crime de homicídio com dolo eventual, que se configura quando o indivíduo assume o risco na produção de uma ação que resulta na morte de uma pessoa. Além do condutor, o cobrador do coletivo envolvido no caso, Manoel Messias, 29 anos, também foi indiciado por falso testemunho.

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