A difícil matemática das eleições 2016 - Renata Bezerra de Melo

Antônio Assis
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A minirreforma política, em especial, as mudanças que limitaram recursos para as campanhas 2016, tem dado nó na cabeça dos candidatos e nos assessores dos seus comitês políticos. 
O problema é complexo: diz respeito à repartição dos Fundos Partidários, que por obedecerem prioridades nacionais, fatalmente não chegarão a todos os que pleiteam verbas, e também à impossibilidade de financiamento via empresas, mecanismo que era largamente usado por todos os partidos. 
Mas, paradoxalmente, principalmente quem tem dinheiro, terá outro ponto como um entrave: os tetos máximos impostos pelo TSE, com limite fixo para cada município brasileiro, serão um obstáculo a contornar. 
Grandes cidades, como Olinda e Jaboatão dos Guararapes, ficaram com limites de gastos bem abaixo de outros colégios eleitorais pernambucanos, a exemplo de Caruaru e de Petrolina, que têm permissão para gastar somas bem maiores. No caso de Jaboatão, por exemplo, que terá uma das eleições mais quentes do Estado, será possivel a cada candidato à majoritária lançar mão de apenas R$ 1,1 milhão, o que é relatado - em reserva - por assessores dos prefeituráveis, como um valor ínfimo para realizar o mínimo, como os guias eleitorais de rádio e para botar a “máquina” na rua. 
Os que dispõem de dinheiro, portanto, sofrerão para driblar essa limitação.

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