Animais vítimas de maus-tratos e da omissão do poder público

Antônio Assis
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Veículos puxados por cavalos, jumentos e burros são vistos por toda a parte
Diego Nigro/JC Imagem

JC Online

De um lado, milhares de pessoas que vivem na miséria e exploram cavalos, burros e jumentos para puxar carroças transportando materiais de onde tiram o sustento de suas famílias. Do outro, animais que conduzem cargas acima de sua capacidade, no asfalto quente (inclusive em grandes corredores do Grande Recife, na contramão e guiados por crianças), muitas vezes sendo espancados e mal alimentados até não servirem mais. E, em meio a tudo isso, a omissão do poder público.

O Recife ensaiou o primeiro passo para enfrentar a situação, ao sancionar a Lei nº 17.918, que proíbe veículos de tração animal na cidade, em outubro de 2013. Ela estipulava prazo de 120 dias para entrar em vigor, estabelecendo multa de R$ 500 para quem a descumprisse e apreensão do veículo e animal, além de uma diária de R$ 10 por animal em depósito. Previa também cursos de capacitação para os carroceiros. Na época foi acertado um auxílio mensal de R$ 500 nos três primeiros meses.Os carroceiros protestaram, a regulamentação foi adiada e nunca mais andou.

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