Eleição é como mineração - Magno Martins

Antônio Assis
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Das quatro cidades palco da disputa de segundo turno em Pernambuco, em eleição marcada para amanhã, apenas Recife, a capital, o cenário é confortável para o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que só não será reeleito se ocorrer uma hecatombe. Difícil imaginar que João Paulo, adversário envergando as bandeiras do PT, tenha condições de contrariar todas as pesquisas apontando uma frente de 20 pontos, em média.

Já Olinda e Jaboatão, na Região Metropolitana, são dois pontos de interrogação. Embora o Professor Lupércio lidere, Olinda é uma incógnita pelo fato de ter reservado muitas surpresas ao longo das últimas eleições. Antônio Campos, candidato do PSB, pode reverter os sete pontos que o separam do candidato do SD?

Imprevisível em se tratando de Olinda. No primeiro turno, todas as pesquisas indicavam que a ex-prefeita Luciana Santos, do PCdoB, estaria com lugar garantido no segundo turno, porque sempre despontava em primeiro lugar. Acabou sendo a quarta, abaixo de Isabel Urquiza, do PSDB, que por pouco, na eleição de 2012, não provoca um segundo turno com Renildo Calheiros.

É bom lembrar que a soma dos brancos e nulos foi superior a votação de Renildo. Por aí, pode-se concluir que não dá para ter segurança numa vitória de Lupércio, até porque parece que Olinda depende também de uma boa logística no dia da eleição e nesse campo o candidato do PSB parece que leva vantagem.

Quanto a Jaboatão, Anderson Ferreira, do PR, tem um cenário amplamente favorável, mas para um município que já elegeu Nilton Carneiro e Fernando Rodovalho, dois políticos folclóricos e desacreditados, tudo é possível de acontecer. Marco Maciel já dizia, com a sabedoria que Deus lhe deu e a experiência política, que eleição é igual a mineração. Resultado? Só depois da apuração.

Disputa para valer, na verdade, está marcada para o território de Caruaru. Fazendo sua estreia em eleição de segundo turno, a capital do Agreste está rachada ao meio, literalmente, entre as candidaturas de Tony Gel, do PMDB, e Raquel Lyra, do PSDB. Segundo pesquisa do Instituto 6sigma, contratado por um pool de emissoras e divulgada ontem, o cenário é de empate, estando Tony, numericamente, com um ponto e meio, à frente. Quem ganhar, leva por uma diferença de, no máximo, 1,5 mil votos.

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