Garotinho, ex-governador do Rio, é preso pela PF

Antônio Assis
0
O ex-governador do RJ, Anthony Garotinho, discursa no plenário da Câmara dos Deputados (06/07/2011) (Crédito:Renato Araújo/Agência Brasil)

Estadão

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 16, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR). A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral.

Agentes da delegacia da PF em Campos de Goytacazes, a 270 km do Rio, reduto eleitoral de Garotinho, cumpriram o mandado na residência do ex-governador no Flamengo, zona sul do Rio.

Rosinha Garotinho, mulher do ex-governador, é prefeita de Campos dos Goytacazes. Anthony Garotinho é secretário de governo do município. Anthony Garotinho governou o Rio entre 1999 e 2002.

A ordem de prisão contra Garotinho foi decretada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100.ª Zona Eleitoral, em Campos.

Garotinho é alvo da Operação Chequinho, que investiga esquema de compra de votos em Campos. A PF mira o Programa Cheque Cidadão que teria sido usado para cooptar eleitores no último pleito no município situado ao Norte do Estado do Rio.

Em outubro, a PF prendeu três vereadores de Campos por suposto envolvimento no esquema – Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins (PSDB).
Outro alvo da Operação Chequinho é a secretária de Desenvolvimento Humano e Social da prefeitura de Campos Ana Alice Ribeiro Lopes de Alvarenga.

O ex-governador do Rio e atual secretário de Governo de Campos foi preso por volta de 10h30 desta quarta-feira, 16, no prédio onde reside à Rua Senador Vergueiro, Flamengo. Agentes da PF informaram que ele não foi algemado.

Alertado da presença de policiais na portaria do edifício para cumprimento do mandado de prisão, Garotinho desceu e se entregou. Na garagem, uma viatura da PF já o aguardava.

O criminalista Fernando Fernandes, defensor de Garotinho, afirmou que ‘a prisão é ilegal’. Ele vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral para tentar revogar o decreto de prisão expedido pelo juiz da zona eleitoral de Campos. Um argumento da defesa é que o ex-governador não foi candidato nas eleições municipais.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)