Ministro da Defesa espera punição a invasores da Câmara

Antônio Assis
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Raul Jungmann acredita que a ação foi de um movimento autônomo

Portal do Ministério da Defesa

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu punição aos manifestantes que invadiram o plenário da Câmara Federal nesta quarta-feira (16). Pelo menos 40 manifestantes foram presos e levados para a Superintendência da Polícia Federal. Eles, que defendem uma ditadura militar, serão soltos após prestarem depoimento.

Para o ministro, a pauta do grupo está descolada da realidade do País e do papel constitucional das Forças Armadas. Jungmann soube dos protestos quando participava de uma reunião no Ministério das Relações Exteriores.

"Eu espero uma punição exemplar desses que desrespeitaram um Poder, o Poder Legislativo, que representa a soberania popular", disse.

"As Forças Armadas estão inteiramente voltadas para suas atividades profissionais, estritamente dentro dos mandamentos constitucionais. As Forças Armadas repelem energicamente qualquer ação fora do que prevê a Constituição e a democracia", afirmou.

Segundo o ministro, não foi identificado nenhum militar da reserva ou da ativa entre os manifestantes. O ministro disse que, por enquanto, ainda são precárias as informações sobre o grupo. Mas nada indica ligação dos manifestantes com partidos, com líderes políticos ou mesmo com movimento sociais organizados. "Ao que tudo indica é um movimento autônomo".

De acordo com Jungmann, não há indicativo de proliferação dos protestos. Ele argumenta que as pessoas que invadiram a Câmara em Brasília não teriam qualquer vínculo com os manifestantes que tentaram invadir a Assembleia Legislativa no Rio. Para ele, o mais preocupante não é o "potencial" de mobilização de quem pede a volta dos militares.

"É um fato que representa um total descompasso com o clima democrático e com o papel constitucional das Forças Armadas", relatou o ministro.

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