Pesquisas eleitorais na mira de comissão da Câmara

Antônio Assis
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Foto: Rafael Furtado
Blog da Folha

A comissão especial que trata da reforma política se reúne na próxima quarta-feira (13) e terá quatro assuntos na pauta. Serão discutidos desincompatibilização partidária, a pré-Campanha, antecipação de registro e, o quarto, promete gerar muito debate: divulgação de pesquisas eleitorais.

Muito utilizadas em todas as eleições, as pesquisas foram alvo de muitas críticas no pleito de outubro por causa dos erros nos números.

Um dos dois membros da bancada pernambucana a compor o colegiado, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) afirma que ainda não conversou com os colegas em relação ao sentimento sobre o assunto. No entanto, acredita que algo deve ser alterado.

“As pesquisas influenciam enormemente nos resultados. Publicar um levantamento na véspera, se o resultado for negativo, dá uma arrefecida na militância no dia da eleição”, afirmou Tadeu.

Ele defende que é importante disciplinar a divulgação dos levantamentos, que, acrescenta, deveriam ser usados para definir as estratégias. “Quem mede o estrago que as pesquisas podem fazer? Defendo que só sejam divulgados levantamentos até o domingo anterior ao do pleito”, pondera.

Sobre a reforma política, Tadeu acredita que ele nunca saiu no Brasil por se tentar fazer ela como um todo. Afirmando que é difícil encontrar uma convergência mínima, ele defende que a reforma seja feita por temas, com as mudanças implantadas por partes.

E avalia que o primeiro ponto a ser estudado é a questão do alto número de partidos no País. Ele entende que a implantação da clausura de barreiras prejudicará algumas legendas ideológicas, como o PPS e PSOL, mas, diz, não é possível negociar com 30 partidos no Congresso.

“Os partidos são instrumentos de funcionamento do país. Não é possível que use dinheiro de partido para comprar avião, por exemplo”, lembrou Tadeu.

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