Conheça histórias de vida marcadas pela dengue, chicungunha e zika

Antônio Assis
0
"Nunca vou esquecer o dia em que ele deu um sorriso lindo", conta Susana Lima, mãe de Wilian
Guga Matos/JC Imagem

JC Online

Com a chegada do verão, especialistas e autoridades de saúde alertam para o risco de proliferação do Aedes aegypti, responsável pelo adoecimento de mais de 56 mil pernambucanos este ano, se forem considerados apenas os casos confirmados de dengue, chicungunha e zika. Enquanto a falta de saneamento básico continua a despontar como o maior inimigo no combate ao mosquito, o caminho é eliminar os possíveis criadouros para impedir a transmissão das arboviroses, que têm desafiado a saúde pública pelas consequências que causam. Neste domingo, o JC apresenta histórias de pessoas que vivenciaram o adoecimento por um mosquito que pode passar despercebido, mas tem o poder de comprometer o bem-estar, prejudicar a produtividade e ameaçar vidas.
“Não se deseja chicungunha nem para o inimigo”

Doença que surpreende pelo grau de incapacidade crônica que provoca, a chicungunha se tornou a mais temida das arboviroses por comprometer de forma intensa os pacientes, geralmente marcados por dores nas articulações que parecem não cessar, mesmo passados meses do início da infecção. “Até hoje tenho edema nos pés e dor nas mãos. Faz tempo que não consigo fazer uma caminhada porque sinto incômodo nas pernas, que incham. Até passar pelo shopping é difícil”, diz a técnica em eletroneuromiografia Carmem Lúcia da Silva, 43 anos, que adoeceu por chicungunha há um ano, quando ficou quatro dias internada no hospital. Teve alta na véspera do Natal. “A chicungunha é tão forte que superou até a dengue que já tive. E sobre as dores que ainda sinto, escuto os médicos falarem que é preciso esperar o tempo passar.” Carmem conta que não conseguiu voltar a ser a pessoa ativa que era antes da doença. “A minha resistência física não é mais a mesma. Tenho hipertensão e controlava com atividade física, mas já não consigo fazer há algum tempo por causa dos incômodos que ainda sinto”, relata.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)