Em novo golpe, falsos policiais federais assaltam prédio na Zona Norte do Recife

Antônio Assis
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Prédio na Zona Norte do Recife foi assaltado por homens que se passaram por agentes da Polícia FederalFoto: Reprodução/Google Maps

FolhaPE

Um edifício de luxo foi assaltado por falsos policiais federais no bairro do Monteiro, na Zona Norte do Recife. O crime aconteceu por volta das 5h30 do último dia 13, mas o caso ganhou repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (20). Moradores do local informaram que souberam do ocorrido por meio de um comunicado que havia sido fixado nos elevadores do condomínio. 

Uma moradora, que preferiu não se identificar, informou à reportagem do FolhaPE que, no ofício afixado, a administração do edifício relatou que quatro homens usavam camisas com inscrição da Polícia Federal e estavam munidos com um suposto documento de mandado de busca e apreensão. Eles solicitaram, ao porteiro, a entrada e invadiram um dos apartamentos. Os falsos policiais teriam roubados vários objetos e deixaram o local.

No comunicado, por volta das 7h30 do mesmo dia, o morador do apartamento invadido informou que se tratava de um furto e disse que iria prestar queixa. O caso teria sido registrado na Delegacia de Casa Amarela. Ainda no comunicado, a administração do edifício relatou que "está colaborando com o processo investigativo e que espera que os fatos sejam esclarecidos pelas autoridades". 

A moradora do local informou que o comunicado foi retirado dos elevadores na última segunda-feira (19). Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o delegado que comanda as investigações não vai se pronunciar sobre o caso. 

Em nota oficial divulgada na noite desta terça, a Polícia Federal confirmou que não realizou qualquer diligência naquele bairro nesta data e que, “em princípio, trata-se de crime a ser investigado pela Polícia Civil”. A PF se colocou à disposição da PCPE para apoio, caso necessário. Ainda conforme a nota, esse tipo de ação não pode ser considerada uma “modalidade criminosa nova”, pois já teria ocorrido em outros Estados, “inclusive sob disfarce de outras forças policiais, civis e militares”. A PF ainda enfatizou que, “na execução de diligências ostensivas, o policial federal sempre se identificará adequadamente”.

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