Ministro Roberto Freire é chamado de golpista em cerimônia de titulação de Patrimônio

Antônio Assis
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Durante a solenidade de entrega da titulação de Patrimônio Vivo e Patrimônio Imaterial, pessoas seguravam cartazes pedindo eleições diretas
Foto: Arthur Mota

Folha de Pernambuco

A cerimônia de entrega da titulação de Patrimônio Cultural Brasileiro acabou virando um ato político nesta quinta-feira (22), no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife. O ministro da Cultura, o pernambucano Roberto Freire, especialmente convidado para a ocasião, foi vaiado, chamado de "golpista" por representantes da cultura presentes na cerimônia e havia cartazes pedindo "Diretas Já". 


Dos 40 registros de patrimônio materiais e artísticos do país, 9 são de Pernambuco segundo Renata Duarte, superintendente do Iphan. Em seu longo discurso, o secretário da Cultura do Estado, Marcelino Granja, alfinetou Freire dizendo que a importância cultural do estado é desproporcional à quantidade de recursos que recebe da lei Rouanet. Ele alterou a voz e houve gritos. Granja também elogiou o que chamou de valorização da cultura por parte da gestão estadual.

Apesar do "desentendimento" entre as autoridades presentes, o cantor Claudionor Germano, o rendeiro João Espíndola, o mamulengueiro Mestre Zé Lopes, o poeta Dedé Monteiro, o Clube Carnavalesco Seu Malaquias e a Banda filarmônica XV de Novembro foram oficialmente intitulados como Patrimônios Vivos do Estado. Os Caboclinhos foram titulados Patrimônio Imaterial de Pernambuco.

O governador Paulo Câmara também sancionou a Lei de Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco.

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