Tucanos acreditam que Temer termina mandato

Antônio Assis
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Blog da Folha

Uma mudança de um novo Governo não é bem vista pelos deputados Marcos Pestana (PSDB-MG) e Daniel Coelho (PSDB). Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta sexta-feira (2), os tucanos disseram acreditar que a saída do presidente Michel Temer (PMDB) pode levar o País a um processo ainda mais traumático. 

Outro ponto de preocupação na visão dos parlamentares é uma possível indireta em 2017, no caso de o Tribunal Superior Eleitoral condenar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Temer somente no próximo ano. Segundo Pestana, o Congresso está desgastado com a sociedade para conduzir uma eventual eleição indireta. 

“Nós temos que reconhecer que a nossa credibilidade está entre o taco e carpete. É um momento delicado, mas temos que sobreviver essa transição. Nós precisamos fortalecer a pinguela (espécie ponte rudimentar), nós precisamos apoiar Michel Temer, apoiar a reforma da Previdência, a modernização da da legislação do Trabalho, simplificação tributária e a reforma politica”, disse o parlamentar.

“E precisamos fortalecer o presidente. Ele precisa abrir o seu governo. Estava muito aquele nucleozinho do PMDB, que é muito contaminado por esses aspectos negativos. O PSDB tem responsabilidade histórica, ele não quer chegar por vias transversas ao poder, falam de FHC. Nós queremos disputar as eleições de 2018”, completou.

As especulações sobre uma interferência do partido em chegar ao poder antes das eleições presidenciais em 2018 também foram descartadas por Daniel Coelho.

“O FHC está curtindo a aposentadoria dele. Está casado, apaixonado, vivendo a vida dele, e agora estão dizendo que ele quer fazer uma intervenção para ele ser presidente da República com 86 anos de idade”, disse.

Pestana também fez um alerta sobre um desgaste maior que a classe política deve enfrentar com as delações da Odebrecht e, possivelmente, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. 

“Temos que ter um esforço. Tivemos a crise com o ex-ministro Geddel, Renan virou réu, o desastre da condução da votação das 10 medidas contra a corrupção, temos a Lava Jato que as delações podem criar uma desestabilização muito grande”, enumerou o tucano.

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