Domingo com público acanhado em Olinda

Antônio Assis
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Prévia em Olinda
Foto: Rafael Furtado

Folha-PE

Um público acanhado marcou presença neste domingo (29) nas ladeiras de Olinda, durante as prévias de Carnaval. O histórico de arrastões e violência, registrado nas últimas semanas, afastou parte considerável dos foliões da brincadeira na Cidade Alta. Após a promessa de reforço, um policiamento mais robusto circulou nos principais polos de aglomeração. Já o comércio informal e o acesso de veículos ainda se mostraram passíveis de ajustes. 

Apesar de receosos, adultos, idosos e crianças não dispensaram o passo e se divertiram ao som de orquestras de frevo e a batida dos grupos de maracatu. De acordo com a prefeitura, em parceria com o Estado, o esquema de segurança deve se manter até a chegada do reinado de Momo. 

Mesmo sem detalhar a quantidade, o secretário de Segurança Urbana de Olinda, coronel Pereira Neto, assegurou que parte dos 16 aparelhos de monitoramento da SDS, até então desligados, voltaram a operação, facilitando a identificação de ocorrências. “Nosso compromisso é de trabalhar em conjunto com todas as forças, garantindo a tranquilidade de visitantes e moradores”, disse o gestor. 

Segundo Pereira Neto, algumas recomendações primordiais de­vem permanecer. “O folião deve trazer um número mínimo de pertences e ter máxima atenção ao expor celulares e dinheiro. São cuidados adotados em qualquer situação de multidão”, destacou. A poucos passos do micro-ônibus, também equipado com câmeras, um turista teve a corrente arrancada do pescoço. 

A escritora Isabela Teixeira, 32, veio com um grupo de seis amigas para participar da festa de rua. “Estou sentindo um clima mais tranquilo, mas qualquer movimentação estranha ainda nos gera medo”, revelou. No polo dos Quatro Cantos, ambulantes de alimentos e bebidas ocuparam as calçadas e parte da via, disputando espaço com os foliões. A presença de garrafas de vidro foi bastante reduzida. 

Apesar da existência de pontos de bloqueio, alguns motoristas imprudentes tentaram trafegar no meio da multidão. Moradora do Sítio Histórico, a professora Libânia Serpa, 38, destacou prioridades. “Precisam manter o policiamento até o fim da noite, quando acontece a maioria dos casos de violência”, opinou. A comerciante Lilian Evangelista, 38, também reforçou. “O medo de prejuízos deve nos fazer fechar as portas mais cedo”, disse.

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