Edilson diz que falência da Big Ben é ligada à Lava Jato

Antônio Assis
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Leia Já

Nesta segunda-feira (30), o deputado estadual Edilson Silva (Psol), em entrevista ao Leiaja.com, contou que “amigos” da área farmacêutica afirmaram que a falência da Rede Big Ben estaria ligada ao Banco BGP, que teria “caído” após envolvimento na Operação Lava Jato.

“Eu já tinha ouvido falar nisso no Pará. Levantei essa especulação porque há muitas farmácias no Recife. Não é possível que o mercado seja tão grande para a quantidade de farmácias. É uma farmácia da mesma empresa, praticamente, em frente da outra. Eu não sei se essas empresas recebem algum tipo de incentivo, sei que gera emprego, mas é estranho ter tantas em uma cidade. É uma epidemia. No Uruguai, em Montevidéu, para conseguir encontrar uma eu tive que andar um pouco”, contou. 

Mais cedo, ele já tinha publicado na sua página do Facebook uma mensagem sobre o assunto sugerindo que outras farmácias da capital pernambucana poderia estar envolvidos em esquemas corruptos. “É difícil acreditar que as farmácias no Recife vivam apenas da venda de remédios. É muita farmácia. Tem muita gente hipocondríaca e muita medicina vinculada à indústria farmacêutica, mas mesmo assim é demais”, escreveu.

Para o deputado, os desdobramentos da Lava Jato são imprevisíveis e definiu a operação como “um buraco sem fim”. 

“É um processo muito profundo, onde há variáveis. Há questões de natureza política e vícios jurídicos. Existe um núcleo de investigação muito disposto, na Justiça Federal de Curitiba, que foram desdobrando as delações. A prisão de Eike Batista e a metodologia da delação faz com que seja um buraco sem fim. Eu, como parlamentar, quero que todos os casos sejam apurados e quem tiver que ir para a cadeia, que vá, e que o erário público seja ressarcido para fortalecer a democracia e não para o seu atrofiamento”, ressaltou.

Em dezembro de 2016, a reportagem do LeiaJá visitou unidades da drogaria em várias regiões do Recife. A situação encontrada foi praticamente a mesma: falta de remédios, algumas prateleiras de remédios vazias com previsão vaga ou ausente para reposição.

Na época, a suspeita levantada, divulgadas na revista Valor, era de que a situação da Big Ben estivesse relacionada ao processo de venda da marca.

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