Moradores de Olinda assustados com a violência nas prévias de Carnaval

Antônio Assis
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Segundo os moradores, as brigas acontecem principalmente após as 18h
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

JC Online

Com a aproximação do Carnaval e as prévias levando cada vez mais gente às ladeiras do Sítio Histórico de Olinda, muitos moradores da localidade compartilham a mesma preocupação a cada fim de semana: o medo da violência. Na tarde deste domingo (22), foram muitos os relatos de moradores apreensivos com assaltos, brigas e arrastões.

Um desses moradores é Cláudio Francisco Nigro, de 82 anos, que mora em uma casa na Ladeira da Misericórdia desde que nasceu. Às 16h e sentado em frente à sua casa para ver os blocos e as troças que passavam, o idoso já fazia planos de se recolher antes das 18h. "É a hora que começam as brigas. As gangues se enfrentam, garrafa voa para todos os lados e depois acontece arrastão", relatou Cláudio.


Uma vizinha de Cláudio que não quis se identificar justamente por medo da violência, disse que esses episódios de brigas e arrastões começam desde o início de janeiro, quando as prévias do Carnaval se intensificam. A moradora contou ainda que, em dezembro, colocou grades nas portas de sua casa para se sentir mais segura: "Ninguém sabe se, no meio de uma confusão dessas, vai entrar alguém na sua casa para fugir de uma briga". 

O morador Alexandre Albertim, de 55 anos e morando há 40 em Olinda, alega que esse clima de insegurança é comum entre os moradores mesmo na época em que não há prévias. Alexandre relata também que, nas noites das prévias, é comum acontecer "guerra de garrafas": "As gangues se juntam e eles jogam garrafas uns nos outros. Outros bandidos infiltrados no meio aproveitam o momento de correria para fazer arrastões".

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