Morre relator da Lava-Jato, ministro do STF

Antônio Assis
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Ministro Teori Zavasck
Foto: Valter Campanato Agência Brasil

JC Online

O relator da Lava-Jato, ministro do STF Teori Zavascki, estava no avião que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte do magistrado.

Ele era um dos passageiros do avião bimotor que caiu no mar perto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira (19). A aeronave de pequeno porte partiu do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01, com destino à cidade fluminense. Além do ministro, mais três pessoas estavam no avião, que também faleceram. Os corpos das vítimas ficaram presos às ferragens da aeronave, que ficou quase inteiramente submersa, com cerca de 80% de sua estrutura debaixo do mar. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o alerta da queda aconteceu às 14h15 e mobilizou todas as equipes do Quartel de Paraty, com o apoio da Defesa Civil e do SAMU, por terra, para atendimento a possíveis vítimas. 

No início da tarde, o filho de Zavascki, Francisco Zavascki, confirmou, através de seu perfil no Facebook, que Teori estava na aeronave e a família esperava por um milagre.

"Amigos . Infelizmente, o pai estava no avião que caiu. Por favor, rezem por um milagre", postou. 

Biografia

Teori Albino Zavascki é ministro do Supremo Tribunal Federal desde 29 de novembro de 2012 e foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff. O magistrado também já foi ministro do Superior Tribunal de Justiça de 2003 a 2012, indicado por Fernando Henrique Cardoso e nomeado pelo então presidente Lula. 

Zavascki é catarinense de Faxinal dos Guedes, tem 64 anos e integra o Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2003. Aprovado em concurso de juiz federal para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em 1979, chegou a ser nomeado, mas não tomou posse. Advogado do Banco Central de 1976 até 1989, chegou à magistratura quando foi indicado para a vaga destinada à advocacia no TRF4.

O ministro é conhecido pela minúcia em questões processuais. "O Judiciário se justifica pela fundamentação de suas decisões. O juiz, que não é eleito, se justifica pela vinculação à lei", afirmou.

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