Projeto social ajuda presas em Pernambuco a sonhar com futuro melhor

Antônio Assis
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Aulas acontecem dentro da Penitenciária Feminina de Abreu e LimaFoto: Rhema Prisional/Cortesia

Priscila Miranda
NE10

“Para Deus, vocês já estão libertas.” É com frases como essa, proferidas por uma professora de educação religiosa, que internas da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, aprendem sobre religião, Deus e fé enquanto esperam o tempo passar, cada uma com seus anos de reclusão. Na contramão da severa crise que o sistema carcerário brasileiro enfrenta, com diversas rebeliões e mortes, projetos sociais como o Rhema Prisional são uma luz de esperança e enfrentamento às péssimas condições que milhões de presos possuem. A lógica é simples: melhorando a qualidade de vida dentro dos presídios, as chances de uma ressocialização são muito maiores.
“Eu tenho muito cuidado em tudo o que faço, para que elas sempre se sintam amadas e preciosas”, afirma Fátima Sampaio, professora voluntária do Rhema há três anos. O projeto, que nasceu nos Estados Unidos e está ligado no Brasil à igreja evangélica Verbo da Vida, é centro de treinamento bíblico com atuação em vários lugares do País. Na penitenciária, funciona desde o fim de 2015.

“O Rhema oferece aulas religiosas, com 23 matérias, ações de aprendizado intelectual, gincanas de leitura, palestras motivacionais, exibição de filmes, ações sociais em parcerias com profissionais que cuidam da autoestima e estimulam cuidados com a saúde corporal. Nós também damos kit de higiene pessoal uma vez por mês e oferecemos lanche em todas as aulas. Nosso trabalho é 100% voluntário e sustentado por nós mesmos e alguns poucos mantenedores”, explica Marília Gonçalves, diretora do projeto na penitenciária.

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