Reformulado e abraçado pela torcida, Santa vence o Papão e leva a Asa Branca

Antônio Assis
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Cássio Zirpoli
Diário de Pernambuco

O jogo já tinha começado, com a tarde caindo no Arruda, e o público ainda ia chegando. Numeroso, passo a passo nas bilheterias e portões. E o jogo com um visual razoável se transformou numa excelente presença, com 14.002 torcedores – com a impressão até maior na arquibancada inferior. Gente ansiosa pelo primeiro jogo do Santa Cruz em 2017. Antes, um jogo-treino e um amistoso de portões fechados. Agora, além de matar a saudade de casa, ainda teria um adversário bem mais qualificado, o Paysandu. Para completar, com um troféu em jogo. A Taça Asa Branca, reunindo os últimos campeões do Nordestão e da Copa Verde.

Aí, sabemos, o copeirismo ajuda, pré-temporada à parte. Até mesmo porque o time agora comandando por Vinicius Eutrópio foi totalmente reformulado em relação àquele rebaixado. Saíram os principais nomes, todos para a Libertadores (Léo Moura/Grêmio, João Paulo/Botafogo, Arthur/Chape, Keno/Palmeiras e Grafite/Atlético-PR).

No sábado, apenas um remanescente, o lateral-direito Vítor. Tal simbolismo valeu até a braçadeira. Sobre as caras novas, um desencontro natural, mesmo com os 17 dias de treino. Teve mais volume no primeiro tempo, mas numa atuação (esperada, na visão do blog) fraca tecnicamente. O entrosamento não viria na estreia, com ou sem taça em disputa. Ainda assim, marcou ali o gol da vitória por 1 x 0, num belo chute de Léo Costa aos 34 minutos. Pegou da meia lua e mandou no cantinho. A torcida também vibrou com a primeira grande defesa de Júlio César (um jogo, uma taça), espalmando uma bola no ângulo.

No intervalo, nada de meia dúzia de trocas. A formação se manteve, até para o time dar liga. Em vantagem, os corais tentaram atuar mais nos contragolpes, jogando de forma cadenciada e sem correr riscos. Com a noite já viva, o povão presente viu mais uma taça pra galeria. Sempre bom.

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