Da Lava Jato à grilagem: veja as principais polêmicas envolvendo Eliseu Padilha

Antônio Assis
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Em meio a polêmicas, Eliseu Padilha se licencia do cargo para operar a próstata

UOL

Tido como um dos homens mais fortes do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, está sob forte artilharia nos últimos dias. Na última quinta-feira (23), o ex-assessor especial de Temer José Yunes disse, em depoimento à PGR (Procuradoria Geral da República), que recebeu, a pedido de Padilha, um pacote entregue pelo lobista Lúcio Funaro, durante a campanha presidencial de 2014.

A PGR deverá abrir um inquérito para apurar o caso. Mas este não é o único imbróglio envolvendo Padilha. Confira as principais polêmicas (e investigações) envolvendo aquele que é considerado o segundo homem mais poderoso do Palácio do Planalto.
Operação Lava Jato

Marlene Bergamo - 29.abr.2014/Folhapress
Advogado José Yunes diz que recebeu pacote de Lúcio Funaro a pedido de Padilha

A polêmica envolvendo o pacote recebido por Yunes em seu escritório veio à tona em dezembro de 2016. Em delação premiada, o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho citou Padilha 45 vezes. 

Ainda segundo a delação, Padilha ficaria responsável pela distribuição de R$ 4 milhões repassados pela Odebrecht à campanha de Temer e Yunes teria recebido parte dos recursos em um pacote que lhe foi entregue em seu escritório, em São Paulo.

Em depoimento prestado de forma espontânea à PGR, Yunes disse foi orientado por Padilha a receber "documentos" em seu escritório e que, no mesmo dia acertado por ele, o lobista Lúcio Funaro foi ao local e lhe entregou um pacote.

Yunes diz que não sabia o que havia dentro do pacote. Logo após a divulgação da delação de Cláudio Melo Filho, Yunes deixou o cargo de assessor especial do presidente Temer.

Na ocasião, Padilha divulgou uma nota negando ter feito parte do esquema narrado por Melo Filho. "Não fui candidato em 2014! Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Tenho certeza de que no final isto restará comprovado", dizia o comunicado.

Padilha, que ainda não é alvo de inquéritos conhecidos sobre a Operação Lava Jato, não se manifestou sobre as declarações de Yunes à PGR. Nesta sexta-feira (24), ele comunicou que se licenciou do cargo para fazer uma cirurgia de retirada da próstata.

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