Maioria da bancada do PSB vai votar contra reforma da Previdência, diz deputado

Antônio Assis
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Foto: Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados

Blog do Jamildo

Partido que tem um ministro no governo Michel Temer (PMDB), o PSB deve se posicionar contra a reforma da Previdência, uma das principais medidas econômicas da gestão do peemedebista. A expectativa do deputado Danilo Cabral (PSB-PE) é de que pelo menos 25 dos 35 deputados votem contra a mudança no sistema previdenciário. 

“Se continuar do jeito que está, o PSB já tomou uma posição que vai ser contra a reforma”, disse o parlamentar em entrevista ao Blog de Jamildo. “Nesse ponto estou vendo pela primeira vez o partido, se não for unânime contra, a maioria esmagadora é contra. Há um consenso de que o projeto precisa ser mexido, inclusive de quem é do governo. Não dá para a conta do rombo da Previdência ser paga pela classe trabalhadora”, acrescentou, citando que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), pai do ministro Fernando Filho (Minas e Energia), também defende mudanças.
Danilo Cabral lembrou que, para apoiar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o partido cobrou que a tramitação tivesse mais debater do que na emenda constitucional que estabeleceu um teto de gastos e na reforma do ensino médio.

“Infelizmente o governo está querendo mais uma vez reeditar uma forma que vai podar a participação da Câmara e da sociedade. Não vai sequer permitir que a Câmara participe”, criticou Danilo Cabral.

Para o deputado, o cronograma atual impede a apresentação de emendas. Ele justifica que o prazo é até 8 de março, mas que os expedientes no plenário só voltam no dia 7. “Serão dois dias para coletar 171 assinaturas. Não é uma coisa razoável”, opinou. Além disso, alegou que o prazo para as cinco audiências públicas, uma em cada região do Estado, é depois do de apresentação de emendas. “É uma encenação. Na prática não vai ter eficácia.”

Danilo Cabral ainda denuncia a reforma da Previdência de acabar com a aposentadoria do trabalhador rural. “É uma reforma que acaba com a conquista dos trabalhadores. Não dá.”

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