Vou contar e vou pagar - Débora Bergamasco

Antônio Assis
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NA PGR Em sua delação o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro entregará gente com foro

ISTOÉ

Vou contar…

Operador do esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro decidiu negociar uma delação premiada. Preso desde julho na Papuda, em Brasília, Funaro resistia a contar o que sabia, mas começou no mês passado a ter conversas preliminares com a Procuradoria da República do Distrito Federal. As reuniões foram pouco animadoras, porque ele não queria delatar, mas sua disposição mudou na última semana. Funaro deu um recado que empolgou os investigadores: seu acordo vai precisar da participação da Procuradoria-Geral da República, porque ele sabe muito sobre integrantes do primeiro escalão do governo de Michel Temer (PMDB), que têm foro privilegiado. O procurador-geral Rodrigo Janot já autorizou as tratativas a prosseguirem.

…e vou pagar

A liberdade, porém, não vai sair barato para Lúcio Funaro. Nas primeiras conversas com a Procuradoria, ficou claro que ele precisará devolver uma alta quantia aos cofres públicos, acima do que recebeu das empresas para intermediar interesses delas na Caixa. Foi citada a cifra de R$ 60 milhões como ponto de partida para a negociação.

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