Carnaval e calor provocam epidemia de conjuntivite

Antônio Assis
0
Folha-PE

Uma tendência pós-Carnaval mais uma vez se confirma: em pleno verão, e com o fim do período momesco, o número de casos de conjuntivite aumenta nas emergências hospitalares. O calor propício ao vírus transmissor da doença, aglomeração de pessoas durante a folia e a falta do hábito de lavar as mãos levam ao crescimento das ocorrências.

Segundo o oftalmologista Luiz Felipe Lynch, do Serviço Oftalmológico de Pernambuco, cuidados com a higiene são a única solução para diminuir a proliferação da conjuntivite. “No Carnaval, muitos cuidados são negligenciados. E enquanto houver Carnaval, haverá epidemias”, disse.

Os pacientes buscam a emergência com os sintomas: coceira, ardor, vermelhidão, borramento da visão e secreção e sensação de areia nos olhos. Coçar os olhos com as mãos sujas facilita a ação dos vírus e bactérias que provocam a inflamação da conjuntiva - a membrana transparente e fina que reveste o "branco" do olho e o interior das pálpebras. A doença pode causar alterações na córnea (ceratite) e nas pálpebras (blefarite).

Tipos
“Em resumo, temos as infecciosas e não infecciosas (alérgicas e imunológicas são dois exemplos). Dentre as infecciosas as mais relevantes são as virais e as bacterianas. As virais são responsáveis pelo aumento do número de casos exponencial nos períodos pós-festa carnaval. A transmissão entre pessoas que mantém contato próximo é alta e no carnaval o contato próximo é muito comum. As bacterianas são menos frequentes e a transmissão por contato não é tão fácil como nas formas virais”, explica o especialista.

Tratamento
Segundo explicou o oftalmologista Luiz Felipe Lynch, o tratamento convencional das formas virais consiste em higiene local, compressas frias e o uso de lubrificantes oculares. “Situações especiais exigem antiinflamatorios e alguns casos até antibióticos associados (para prevenção de contaminação secundária).O médico oftalmologista deve ser consultado para poder avaliar qual a causa da conjuntivite, uma vez que diferentes tipos necessitam de diferentes tratamentos”.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)