Detran: greve mais longa da história não tem previsão para acabar

Antônio Assis
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Foto: Rafael Carneiro

Rádio Jornal

A greve dos servidores do Detran-PE chega, nesta sexta-feira (31), a 47 dias e já é a mais longa já registrada na história do órgão. Quem precisa dos serviços específicos ofertados pelo Departamento Estadual de Trânsito, sofre com a falta de perspectiva do fim da paralisação.

Os clientes que necessitam realizar o primeiro emplacamento e a transferência de propriedade, que dependem de vistorias, são os que mais sofrem. É o do motociclista Ronaldo Barros, que comprou uma moto para trabalhar e não consegue fazer a vistoria. "Vim aqui tentar mais uma vez. Se não conseguir hoje, vou ter que dar outra viagem", diz.

Mesmo com a greve, serviços de entregas de documentos e testes teóricos seguem normalizados. Já o exame prático, tem número reduzido. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:

O Sindicato dos Servidores do Detran, que está à frente da greve, pede que o Governo do Estado contrate de maneira definitiva um plano de saúde e ofereça o pagamento de insalubridade para quem trabalha com vistoria de veículos e a gretificação para quem atende em agências do Estado. Eles alegam que possuem um documento em que o governador Paulo Câmara se compromete com os pleitos.

A greve do Detran também atinge os comerciantes que trabalham no entorno do prédio sede do órgão, que fica Estrada do Barbalho, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife.

De acordo com eles, antes da greve, pelo menos 700 pessoas por dia iriam ao local. O comerciante que se identificou com o nome fictício de Henrique Pereira, afirma que não está conseguindo nem levar comida pra casa. "Ontem eu cheguei em casa com R$ 11. Isso é dinheiro?"

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