Ministério nega a falta de repasse de medicamentos

Antônio Assis
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Na lista vermelha de remédios estão o tenofovi, lamivudina, ritonavir, raltegravir, zidovudina e efavirenz
Foto: Felipe Ribeiro

Folha de Pernambuco

O Ministério da Saúde (MS) afirmou que o envio de medicamentos antirretrovirais para o tratamento de pessoas que vivem com HIV/AIDS em Pernambuco está regular para as drogas o tenofovi, lamivudina, ritonavir, raltegravir, zidovudina , efavirenz. A pasta assim contesta a informação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de que o desabastecimento seria decorrente de falta de repasses das medicações pelo Governo Federal. Na edição desta terça-feira (7), a Folha de Pernambuco apresentou denuncias de pacientes sobre a falta desses remédios e entrega de caixas vencidas das drogas.

Na nota, o MS aponta que o estoque, segundo acompanhamento ministerial, estaria em dia e com cobertura garantida. O tenofovir que estaria sendo entregue vencido, por exemplo, e teria pelos cálculos de ministério um estoque de 26,7 mil caixas o que daria para cobrir os próximos cinco meses. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) reafirma a irregularidade nos repasses federais. Em 2016, das 34 drogas solicitadas, 22 não tiveram o pedido atendido completamente. Em janeiro deste ano, sete não foram entregues na quantidade necessária. 
A polêmica dos antirretrovirais foi assunto ontem, na Assembleia Legislativa. A deputada Tereza Leitão (PT) fez um pronunciamento sobre as queixas dos soropositivos e destacou que problemas de falta da medicação não são de hoje. Ela que já presidiu a Comissão de Combate ao HIV/Aids, Tuberculose e Hepatite, em 2015, destacou que “não é questão nova para o governo os problemas na entrega de medicação. Mas sempre fica aquela bola de neve de quem é a culpa”. A deputada vai solicitar que o Estado abra um procedimento administrativo para esclarecer a questão.

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