Paulo Câmara terá quebra-cabeça para formar chapa majoritária

Antônio Assis
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Paulo Câmara precisará de habilidade para formar chapa que irá ajudá-lo a concorrer à reeleição
Foto: Aluisio Moreira/SEI

JC Online

A formação da chapa majoritária da Frente Popular levará em conta diversos fatores. Um deles é uma possível recomposição do PSB com o PSDB e o DEM, que deixaram a gestão Paulo Câmara (PSB) em 2016 “a convite” do governador. Democratas e tucanos lançaram candidatos à prefeitura do Recife contra o prefeito reeleito Geraldo Julio (PSB) e assim desagradaram os socialistas.

Como resultado desse distanciamento, os principais dirigentes dessas siglas hoje dialogam com o grupo do senador Armando Monteiro (PTB), de oposição. Apesar da aproximação com o petebista e de críticas pontuais dos principais nomes do DEM e PSDB ao governo estadual, as pontes para um retorno ao grupo governista não foram totalmente queimadas.


Uma das condições para a aliança ser retomada pode passar pela oferta de uma das vagas majoritárias da coligação para DEM e PSDB. Os mais cotados para ocupar esse espaço, sobretudo na condição de postulantes ao Senado, são os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). No entanto, os auxiliares do presidente Michel Temer (PMDB) também são vistos como opções para o palanque de Armando.

Em reserva, um governista diz que o processo de montagem da chapa majoritária vai indicar a força do governo Paulo Câmara. Na avaliação dele, se houver uma briga de políticos e partidos querendo disputar o Senado ou até mesmo o posto de vice é sinal de que o governador chegou a 2018 em boas condições de disputar a reeleição. No entanto, caso as principais lideranças da Frente Popular troquem a candidatura majoritária para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados isso sinalizará que a confiança na reeleição do governador não será tão grande.
PMDB

Um outro aliado de Paulo Câmara diz que a oferta de duas vagas ao PMDB na chapa majoritária é um assunto menor na comparação com outra questão: a reeleição do socialista. O interlocutor do governador avalia que o compromisso número um da Frente Popular é reeleger Paulo e que não importa quem ficará com os outros postos da chapa. A análise é simples: se a oferta de duas vagas ao PMDB for de alguma maneira benéfica para garantir a reeleição do atual chefe do Executivo, que os socialistas abafem seu choro e ranger de dentes.

Há quem diga que o governo deve ficar atento se houver um aparente conformismo das demais legendas da Frente Popular com a decisão de dar mais espaço ao PMDB. Nesse caso, diz um aliado de Paulo, a mansidão de hoje pode se tornar a traição de amanhã.

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