Procuradores da Lava Jato no mundo da lua - Inaldo Sampaio

Antônio Assis
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Procuradores da Lava Jato ajuizaram ação civil pública pedindo que o PP devolva aos cofres públicos 2,3 bilhões, sendo 460 milhões de propina supostamente recebida da Petrobras, 1,4 bilhão de multa e o restante pela prática de “danos morais coletivos”. Trata-se de um pedido irreal, pois nem o partido e tampouco a sua direção têm como buscar esse dinheiro. Para completar esse quadro surreal, um juiz do Paraná decretou o bloqueio de 476 milhões em contas bancárias de 11 políticos do partido, entre eles o ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa, de quem foram bloqueados 46, 8 milhões. A sentença foge ao princípio da eficácia, pois não adianta condenar alguém a devolver certa quantia se esse alguém não dispõe dos meios para viabilizá-la. A propósito, o ministro Gilmar Mendes declarou recentemente que antes de decidir se cassa a chapa Dilma-Temer, o TSE levará em conta a realidade política do país, “pois não temos juízes de Marte”. No caso do PP, porém, o juiz que deu a sentença parece que viver em outro planeta.

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