Saída não há - Carlos Chagas

Antônio Assis
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Que manchetes deveriam os jornais de ontem ter preparado, logo depois de conhecida a Lista do Fachin, na véspera: “FAZER O QUÊ?”, “CONDENAR TODO MUNDO?” “NÃO PERDOAR NINGUÉM!” “COMPLACÊNCIA OU VINGANÇA?” “SÓ ESSES?” “QUEM FICARÁ DE PÉ?” “É O CUSTO DA DEMOCRACIA?” A verdade é que não dá para aceitar que “NORMALIDADE E TRANQUILIDADE!” sejam solução para anunciar o fim da crise. O país não dormiu, na noite passada, e não dormirá nas próximas.

Há quem aposte na revogação das instituições, quer dizer, no fim do Congresso, dos partidos, das leis e da própria Constituição. Começar de novo quando tudo já terminou e entregar o país ao desconhecido seria pior. O diabo é que alternativa não existe. Para todo lado que se olhe, surgem obstáculos. Só que o pior deles é cruzar os braços.

Não há o que fazer, pois quem jura não haver roubado não merece crédito. E quem admite o roubo, sequer faz sua apologia.

Vai levar tempo até que inquéritos em profusão sejam completados. Acreditar em que todo o poder ao Judiciário resolverá, é bobagem. Muito menos em que melhor parece imaginar a recuperação dos ladrões. Em suma, saída não há.

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