Conheça os 4 erros mais comuns que as pessoas ansiosas cometem

Antônio Assis
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Roendo unhas
Foto: Roberta Rêgo

FolhaPE

Você é uma daquelas pessoas que se dizem “pura emoção” ou “sou coração”, ou sou “hiperativo” ou “ligado no 220 WW”? Você sente orgulho de ser assim, ou se pudesse, mudaria seu comportamento agora?

A filósofa, escritora e uma das fundadoras da instituição Luz da Serra, Patricia Cândido, aponta os 4 erros mais comuns que as pessoas ansiosas cometem e que podem ser altamente destrutivos nas suas vidas e na vida das pessoas que lhe rodeiam. A especialista explica que na visão psicossomática e bioenergética, quando ansiamos por alguma coisa é porque nos falta equilíbrio emocional. No nosso corpo físico, o ponto de energia que manifesta a ansiedade é conhecido como “Manipura” no oriente e se localiza bem na região do nosso umbigo. Esse ponto de energia sintetiza nossas emoções mais fortes e viscerais; e a ansiedade faz parte delas.
“Existem alguns comportamentos bem típicos que podem desencadear uma crise de ansiedade. Trabalhei muito tempo em consultório de terapia holística onde atendi muitas pessoas que sofriam de ansiedade, e muitas vezes o que é demonstrado não significa necessariamente o que está acontecendo. Muitas pessoas demonstram calma, tranquilidade e o seu interior parece um vulcão prestes a explodir de tantas emoções reprimidas. ”, explica Patricia.

Através da experiência terapêutica, ela detectou quatro comportamentos principais que desencadeiam a ansiedade e o que fazer para reverter a situação.

Controlador – “As pessoas sentem necessidade de o tempo inteiro controlar a tudo e a todos. Isso é impossível, porque com exceção de Deus, ninguém é onisciente e onipresente para controlar todas as variáveis dos acontecimentos, e muito menos as vidas das pessoas que nos cercam”, explica Patricia. A ideia de controle é uma ilusão, e pode gerar crises terríveis de ansiedade e só se modifica quando “caímos na real” de que não podemos controlar quase nada, por isso a dica da especialista é entendermos que precisamos viver o momento presente, pois tanto o controlador quanto o ansioso estão sempre vivendo o futuro, e raramente vivem o momento presente.

Reativo/Defensivo – é um comportamento normalmente assumido por uma pessoa que desde muito cedo teve que aprender a se defender dos golpes da vida. Normalmente sentem-se injustiçadas e muitas vezes uma simples piada é levada a sério como uma ofensa pessoal. Reagem muito rápida e certeiramente a qualquer coisa que venha em sua direção. Consideram que a princípio todos são inimigos até que provem o contrário. São julgadores e muitas vezes se dizem/acham que são observadores… Observam mais para julgar e apontar defeitos do que para aprender. Nesse a especialista sugere que a pessoa precisa de reforma íntima, conexão espiritual, buscar o lado bom da vida, a leveza, largar as “armas” e buscar um caminho para uma vida de amor, doçura e espiritualidade.

Só enxerga o externo – um outro comportamento que desencadeia a ansiedade é o fato de não olhar para dentro e só ver o que acontece fora. Normalmente quem tem esse comportamento são aquelas pessoas que posam de bom moço/boa moça e que são defensores da moral e dos bons costumes, mas tem seus segredinhos “cabeludos” guardados a sete chaves. “São pessoas voltadas para a futilidade, para assuntos que não tem muito proveito e vivem uma vida superficial, voltada para aparências. Como têm a visão de que sua vida é perfeita, acabam desenvolvendo certas neuroses, como estar sempre com tudo em dia, e isso gera ansiedade. ”, explica a filósofa. 

Esse “estar tudo em dia” envolve sempre o que aparece mais, como cabelo, maquiagem, unhas, corpo, casa, carro… tudo precisa estar perfeito para que as pessoas vejam e a admirem por isso. A dica é voltar-se para o interior e conectar-se espiritualmente para descobrir seu tesouro íntimo. Nem tudo são aparências, nem tudo o que reluz é ouro e cuidar do nosso aspecto interior é primordial e fundamental para a nossa felicidade.

Perfeccionista/Autoexigente – “Nesse aspecto, podemos usar como exemplo uma pessoa que tem como meta de vida sempre tirar 10 nas provas e quando obtém uma nota 9,8, por exemplo, se sente arrasado, com um sentimento de frustração terrível, porque acredita ter falhado. Isso é um grau de auto exigência que devermos ter em alguns momentos da vida para performar melhor na área que atuamos, porém temos que saber ser mais leve” explica Patricia. A especialista ensina que devemos nos perguntar: Qual o meu grau de cobrança? Eu me exijo demais? 

“Os grandes Adeptos e Mahatmas sempre dizem que Deus só quer uma coisa de nós aqui na Terra: que sejamos felizes e expressemos a nossa beleza. O restante é bobagem… Pense nisso!!!” Conclui a filósofa.

Esses comportamentos citados acima, foram os mais comuns que a especialista detectou quando consultava, mas ela ainda lista alguns outros que podem desencadear uma crise de ansiedade, são eles:

Má alimentação, baseada em consumo de glúten, lactose, açúcar branco e gordura animal e produtos industrializados em excesso; Por fatores orgânicos, esses alimentos fazem a ansiedade disparar.

Excesso de Telas – isso acontece com as pessoas que não conseguem desligar os pensamentos devido ao trabalho excessivo no computador, no celular e nos monitores;

Falta de disciplina e organização – quando nosso ambiente está desorganizado, nossas emoções entram em conflito e ficamos ansiosos, pois ninguém consegue ser feliz no meio da bagunça; “O ambiente externo reflete suas emoções. Se você observar a organização da sua casa, vai entender como estão suas emoções. Casa organizada = emoções equilibradas!; Casa bagunçada = emoções em conflito! Quando você arruma sua casa e local de trabalho, as emoções vão se organizando. Marque uma data e comece!”, alerta Patricia.

Vícios emocionais – muitas vezes a ansiedade vem dos vícios, que é qualquer coisa que a pessoa não consegue ficar sem. Vai de refrigerante, brigadeiro até drogas ou um sentimento de raiva. Depois que o momento do vício passa, a ansiedade vem com muita força;

Falta de conexão espiritual – a pessoa que não tem um propósito de vida e que não consegue se conectar a algo maior, não vê sentido na vida. Quem só tem olhos para o mundo material e não consegue visualizar um conceito de eternidade e continuidade após essa vida, tende a sentir muita ansiedade.

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