Museu Pinacoteca ainda é desconhecido para o público pernambucano

Antônio Assis
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Vinte e quatro painéis, com pinturas de arte sacra colonial, formam o acervo do Museu Pinacoteca de Igarassu
Foto: JC Imagem

JC Online

Sessenta anos de história, um acervo de pintura sacra único na América Latina e ainda um ilustre desconhecido para a maioria dos pernambucanos. O Museu Pinacoteca de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, completou seis décadas este ano com o desafio de atrair o visitante local para descobrir seus tesouros.


Instalado no pavimento superior do prédio do Convento de São Francisco, o Museu Pinacoteca foi oficialmente inaugurado em 27 de agosto de 1957. De lá para cá, só fechou as portas uma vez, em 1985, para ser restaurado, retomando suas atividades em 1993.

Jorge Barreto, secretário-executivo do Patrimônio Histórico de Igarassu, diz que, apesar do rico acervo de arte sacra colonial, o espaço atrai mais turistas estrangeiros do que brasileiros. E, mesmo entre os visitantes nacionais, a maior procura é de pessoas vindas do Sul e Sudeste do País. Nas contas do secretário, o espaço recebe o dobro de turistas de outros Estados, em comparação com os visitantes locais.

“Infelizmente, o pernambucano não costuma sair de casa para conhecer essa coleção tão preciosa. O Museu Pinacoteca fica a 200 metros da Igreja Cosme e Damião, que é muito mais visitada. Queremos divulgar o local para que os moradores de Igarassu, das cidades vizinhas e de todo o Estado, se apropriem dele. É um espaço vivo, cheio de história, da nossa história”, destacou Barreto. Para conhecer o museu, o visitante paga uma taxa de R$ 4.
PROGRAMAÇÃO

Desde a última segunda-feira, a prefeitura de Igarassu vem promovendo uma série de atividades para marcar o aniversário do Museu Pinacoteca. A programação encerra-se hoje, com uma palestra, às 8h30, sobre o patrimônio imaterial, com Giorge Patrik Bessone, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Jacira França, da Fundarpe. À tarde, às 14h, será realizada uma oficina sobre restauro e arqueologia histórica, com Roberto Carneiro, também da Fundarpe. Para fechar a comemoração, às 19h, haverá a apresentação da Orquestra Heitor Villa Lobos.

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