Os cinco motivos para o PMDB não trocar de mãos - Inaldo Sampaio

Antônio Assis
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O vice-governador Raul Henry, que preside o PMDB pernambucano, continua acreditando que não perderá o controle do partido para o senador Fernando Bezerra Coelho, tal como aparentemente está definido pela executiva nacional. Ele insiste em afirmar que há pelo menos cinco motivos para que o PMDB regional permaneça sob seu comando, e sob a liderança de Jarbas Vasconcelos. Primeiro, a história do partido, que foi fundado em 1966 e tem Jarbas em seus quadros desde 1969. Segundo, a falsa versão de que o partido teria estagnado sob a atual gestão, sendo a que mais cresceu no país (136%) em relação a 2012. Terceiro, o comportamento democrático da atual executiva, que não impediu a entrada de nenhum interessado, nem mesmo do senador Fernando Bezerra. Quarto, o partido tem diretório constituído, democraticamente eleito em convenção, e não “cartorial” como a grande maioria das legendas. Quinto e último, seus representantes na Câmara Federal, Jarbas Vasconcelos e Kaio Maniçoba, não descumpriram nenhuma das diretrizes partidárias. Logo, intervir por quê? - questiona o vice-governador. Que ainda se nega a acreditar que a “decisão política” de dissolver a secção pernambucana já tenha sido tomada pelo senador Romero Jucá, atual presidente do partido.

Animação e garra 
A declaração do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) a este jornal de que será candidato a governador no próximo ano, e que irá ganhar a eleição, deixou preocupados alguns seguidores do senador Armando Monteiro (PTB). Muitos deles, que por razões óbvias preferem o anonimato, gostariam de ver na campanha de Armando “o mesmo entusiasmo, a mesma garra e a mesma alegria que a gente vê na campanha de Fernando”.

1ª opção > Mendonça Filho, que está fora do Brasil, não pôde recepcionar Alckmin ontem no Recife, mas telefonou para o governador e lhe deu uma satisfação. O ministro passou a ser a “bola na vez” no DEM, para vice do tucano, se por acaso for um nordestino, porque o 1º da fila, ACM Neto, prefeito de Salvador, vai disputar o governo da Bahia.

Legitimidade > Alckmin disse ontem no Recife que o próximo presidente da República, seja ele quem for, deverá ser eleito com 60 milhões de votos. Estará, portanto, legitimado para propor ao Congresso as reformas de que o Brasil tanto precisa, especialmente a política e a previdenciária.

Animação > A semana foi animada em termos de lançamento de candidatos a presidente da República. Confirmaram a intenção de entrar no jogo Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo), Manoela D’Ávilla (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Rabello de Castro (PSC).

Vácuo > Fernando Bezerra Coelho decidiu disputar o governo estadual com base em pesquisas qualitativas. Nelas está muito claro que o governador Paulo Câmara perdeu popularidade, especialmente depois da crise na segurança, mas o principal candidato da oposição, Armando Monteiro Neto (PTB), não cresceu. No vácuo, portanto, o peemedebista decidiu se lançar.

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