Cine São Luiz rodeado de esgoto estourado

Antônio Assis
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Camilla de Assis
Folha-PE

O esgoto a céu aberto no entorno do Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, Recife, mudou para pior um dos principais cenários do Centro da Cidade. Em meio aos prédios históricos, que são um marco da urbanização da Cidade, desponta o mau cheiro e dejetos em via pública. O cenário de sujeira tem deixado moradores e comerciantes da região incomodados e preocupados. As ruas São Sebastião e Clube Náutico Capibaribe são as que mais têm problemas em questão de saneamento. Os relatos dos que vivem no local são os mais indignados. A água suja que toma parte das calçadas e das vias é constante e a ameaça de doenças é iminente.
Por se tratar de uma área mista, onde as pessoas trabalham e moram, existe um grande fluxo de movimentação nas ruas próximas ao São Luiz. No emaranhado de comércios, alguns trechos das ruas são áreas de alimentação. Os comerciantes que trabalham com comidas demonstraram insatisfação comas condições e reclamaram da dificuldade de manipular alimentos no local. “Aqui é muito difícil de manusear minhas frutas com todo esse esgoto. Fico com medo de contaminação dos meus clientes, porque quem vai se prejudicar sou eu”, reclamou a ambulante Maria das Graças. O mau odor também atrapalha os negócios. O ambiente sujo tem afastado os clientes. “É difícil comer por aqui com esse cheiro”, comentou o taxista Maurício Barbosa.
Além disso, como as calçadas são muito estreitas e baixas, o risco de pisar na água de esgoto aflige os transeuntes. Para passar por alguns trechos as pessoas tem que fazer malabarismos para não sujar os pés. Quando chove, o problema se intensifica, pois as ruas alagam e os espaços para passar se reduzem consideravelmente. “Aqui é muito complicado de passar quando chove por que alaga e é difícil transitar Às vezes, é possível ver a fezes boiando, o que é uma nojeira”, disse um dos moradores da rua, Christóvam Guerra.
O problema é antigo e o que vivem há muito tempo na duas ruas colecionam protocolos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). As tentativas par o conserto do esgoto nunca saíram do papel, segundo de anunciantes. “Esse problema é velho. Ligava muito para Compesa, mas desisti por que não adianta”, conto Christóvam. “Estou aqui h quase 40 anos e os esgoto sempre foram desse jeito” completou a comerciante Aldiner Pereira. 

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