Sport cresce no segundo tempo e vence o Criciúma

Antônio Assis
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Danilo marcou o segundo gol do Rubro-negro (Foto: André Nery/Folha PE)
Rômulo Alcoforado/Folha PE


O péssimo primeiro tempo deu a impressão de que a tarde deste domingo seria de sofrimento para a torcida do Sport. Mas bastaram sete minutos da etapa final para que a ideia fosse negada. O Leão fez dois gols no começo do segundo tempo, encaminhou a vitória sobre o Criciúma (2×0), tranquilizou uma torcida que já estava impaciente e fez o Rubro-Negro voltar a crescer na Série A.
Além da vitória, há outra boa notícia para os leoninos. O atacante Neto Baiano, depois de oito jogos de seca, voltou a balançar as redes adversárias. Foi o autor do primeiro gol do Sport. O segundo foi feito por Danilo. Mas, por outro lado, o duelo de ontem também trouxe coisas negativas: a maior impostante delas é a lesão de Diego Souza, que sentiu a coxa esquerda e foi substituído no começo da partida. Ibson também sentiu dores e sequer entrou em campo.
As vaias que soaram fortes na Ilha do Retiro foram o termômetro da atuação do time no primeiro tempo: muito fraca. Desorganizado e aparentemente desinteressado, o time de Eduardo Baptista foi dominado pelo Criciúma. Tanto em posse de bola quanto em chances reais. O Leão não produziu um lance capital sequer – enquanto o Tigre assustou em várias oportunidades.
A bem da verdade, o Rubro-Negro dependeu da sorte para não ir aos vestiários em desvantagem. A primeira boa chegada do Criciúma foi logo aos cinco minutos. O meia Cléber Santana, cria das divisões de base do Sport, invadiu a área e chutou com perigo. Magrão pegou.
Os maiores sustos, porém, só aconteceram no fim da etapa. Aos 42, Ferron bobeou na saída de bola. Cortez avançou pela esquerda e cruzou na área. Rafael Costa, no segundo pau, arrematou. No travessão. Aos 46, o zagueiro Fábio Ferreira subiu mais que todo mundo e testou firme. A defesa não fez nada, Magrão não conseguiu alcançar. Mas a trave salvou mais uma vez.
No intervalo, Eduardo Baptista tomou duas atitudes: dar um puxão de orelha na equipes e trocar uma peça. Na substituição, “admitiu” que cometera um erro no primeiro tempo. É que, quando Diego Souza sentiu lesão muscular e pediu para ser substituído, o técnico acionou Zé Mário. O meia, mais uma vez, não jogou bem e pouco produziu. Ao fim dos 45 minutos, sacou o ex-alvirrubro e colocou Patric, que fora preterido para a entrada do discreto Vitor.
A configuração leonina ficou curiosa. Se fossem observadas apenas as posições de origem, o time ficou com quatro laterais em campo: Renê, Danilo, Patric e Vitor. Dois deles, porém, deslocados para atuar do meio para frente. Deu certo. O Sport voltou mais forte e, em sete minutos, resolveu uma partida que se anunciava complicada.
Aos 5, Patric bateu falta da direita, Rithely cabeceou, o goleiro Luiz deu rebote – e Neto Baiano, oportunista, empurrou a bola para as redes. Um a zero para o Leão. Não deu tempo para o Criciúma respirar. Dois minutos depois, Felipe Azevedo roubou bola no meio-campo, avançou em velocidade e deu, no capricho, para Danilo marcar: 2 x 0 Sport, fim do sufoco. Abatido pelos gols sofridos em sequência, o Tigre praticamente não incomodou mais. O Rubro-Negro criou outras chances, mas não ampliou.
Sport
Magrão; Vitor (Augusto), Ferron, Durval e Renê; Wendel, Rithely, Danilo, Felipe Azevedo e Diego Souza (Zé Mário) (Patric); Neto Baiano. Técnico: Eduardo Baptista.
Criciúma
Luiz; Eduardo (Luiz Felipe) Alcides, Fabio Ferreira e Cortez; Rodrigo Souza, Serginho (Maurinho), Cléber Santana e Rafael Costa (Geovani); Souza e Lucca. Técnico: Wilson Vaterkemper (interino).

Estádio: Ilha do Retiro (Recife-PE)
Horário: 16h
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Rogério Pablos Ganardo (ambos de SP)
Gols: Neto Baiano (aos 5 do 2T) e Danilo (para o Sport aos 7 do 2T)
Cartões amarelos: Rafael , Serginho e Eduardo, Cortez (Criciúma); Zé Mário, Danilo, Wendel (Sport)
Público: 12.869
Renda: R$ 202.760,00

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