Dilma e Lula vêm Pernambuco para tentar recuperar terreno

Antônio Assis
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Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco


Um dia antes de voltar a Pernambuco nas eleições deste ano, o ex-presidente Lula (PT) reforçou o discurso de que "o Nordeste não pode perder os avanços que conseguiu", em referência à candidatura de Aécio Neves (PSDB), que disputa o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), no próximo domingo (26).


Em entrevista a uma rádio local, na manhã desta segunda-feira (20), o petista disse que "houve um tempo em que essa gente (o PSDB) governou o Brasil e o Nordeste era tratado a pão e água". Lula vem ao estado, nesta terça-feira (21), impulsionar a campanha do PT. Ao lado de Dilma, ele vai visitar a fábrica da Fiat, em Goiana, na Mata Norte, e participar de caminhada no Recife.

O ex-presidente tentou fortalecer a imagem de que Dilma Rousseff vai dar continuidade às políticas de desenvolvimento regional e terá compromisso com Pernambuco, apesar de o estado ter eleito um governador de oposição à candidata.


"É um tipo de gente (O PSDB) que nunca contribuiu para o desenvolvimento do Nordeste. Sempre acharam que a região deveria aparecer na imprensa como campeã da mortalidade infantil, do analfabetismo e do desemprego", afirmou, acrescentando, "nós decidimos mudar isso. A igualdade de oportunidades vai fazer o Nordeste ter igualdade de condições. É por isso que a companheira Dilma jamais terá um gesto de negar qualquer coisa para um estado do Nordeste".



Para o petista, a eleição em Pernambuco foi atípica e se deu em um momento de comoção social muito forte, por causa da morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Lula acredita que o governador eleito Paulo Câmara (PSB) não teria vencido num ambiente normal. "Mas a gente não quer saber quem é o governador, governamos de forma republicana", enfatizou.



Lula também falou sobre a possibilidade de ser candidato a presidente da República  em 2018. O ex-presidente não descartou o cenário, argumentando que não sabe qual será a circunstância política em quatro anos. Mas ressaltou que se depender dele não será candidato. "Não poderia pensar agora, seria leviandade. Tenho fé em Deus que o Brasil vá desenvolver quadros mais novos."



O petista defendeu, ainda, a reeleição, porque, segundo ele, "é uma aprovação ou não de quem está no governo". "Eu era contra, mas descobri que um mandato de quatro anos não permite uma obra estruturante."

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