Prédio construído para receber D. Pedro II vai se tornar atração no Centro do Recife

Antônio Assis
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Foto: Hélia Shepa


JC Online
Diante de um cenario atual de abandono em pleno Centro da capital pernambucana, um prédio histórico, construído em 1859 para receber o imperador D. Pedro II , deverá se transformar em um centro de cultura e preservação do meio ambiente. É o que pretende a secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife. O Cais, que pertence à Prefeitura, hoje é usado como estacionamento por flanelinhas.
De acordo com o secretário executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Romero Pereira, um projeto para o equipamento está em conclusão e deve ser apresentado em 30 dias para o prefeito Geraldo Julio. “Esse prédio tem um valor histórico e nós queremos transformar ele em um ponto cultural que integre essa esse potencial histórico com ações de preservação do Capibaribe.”
Uma reforma completa recisará ser feita no local. “Do lado de fora vamos nós vamos será possível contemplar o rio. Dentro, vamos integrar o visitante a história da nossa cidade”, destacou. 
Mas enquanto as obras não começam, o cenário continua sendo de abandono. A vizinhança com a Justiça, já que o prédio fica defronte ao Fórum Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley, poderia, a princípio, apontar para um maior respeito às leis, mas não é isso que acontece. É comum, quando o estacionamento fica cheio, o flagrante de carros estacionados de modo a obstruir parte da calçada, infração grave, passível de multa de R$ 127,69 e cinco pontos na Carteira de Habilitação para os condutores flagrados. 
Mesmo estacionando no local, o vendedor Joas Ferreira, 54 anos, reconhece que a situação não é ideal.
“Sempre pago R$ 10 por dia e deixo o carro aqui, pois é uma das únicas opções nessa região, mas eu sei que não é o melhor nem para mim e nem para os pedestres. Faço isso r falta de opção”, disse.
O problema do estacionamento se junta à insegurança trazida por usuários de drogas que, até pouco tempo atrás, viviam dentro da instalação onde já funcionou um ponto de apoio das antigas linhas elétricas de ônibus da CTU. 
Mesmo tendo sido fechada pela PCR em outubro do ano passado, após um incêndio motivado por briga entre moradores que ocupavam o local, moradores e comerciantes do entorno reclamam que a sensação de insegurança continua igual ao que era antes. Já que as pessoas que habitavam o equipamento se mudaram para o outro lado da rua e fizeram morada na Praça 17. 
“A prefeitura veio aqui fechou as janelas e portas com cimento e tijolos, mas quem morava lá dentro não recebe nenhum suporte. Ou seja, quem consumia ou vendia droga lá dentro passou a fazer isso aqui fora”, se queixou o militar aposentado Edson Francisco Pereira, de 61 anos.
Um dos flanelinhas que trabalha na região, sem querer se identificar, informou que aquele ponto é um dos mais disputados no Centro do Recife, apesar do espaço limitado .
“Parte do público que para por aqui é tem relação com o Fórum. É um pessoal engravatado que paga bem”, disse. 

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