Pela valorização da vida

Antônio Assis
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Luiz Filipe Freire
Folha-PE

Um tema rodeado de estigmas. E, sobretudo, um problema de saúde pública que, como tal, demanda acompanhamento e prevenção. Trata-se dos suicídios, que detêm números mais alarmantes do que se pensa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida no Brasil. No mundo, esse tempo cai para 45 segundos. Estima-se que 800 mil se matem todos os anos no planeta. Diante desse quadro, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) tomou a iniciativa de orientar profissionais da Imprensa sobre como abordar o tema, um tabu que acaba por inibir ações preventivas. É a informação como o primeiro e mais eficaz passo para salvar vidas.


Em geral, os meios de comunicação evitam falar no assunto por temer gerar mais danos, incentivar outras iniciativas. Normalmente, concessões são feitas quando a vítima é uma pessoa pública, quando o ato é precedido de assassinato, como nos atentados terroristas praticados pelos homens-bomba, ou quando gera consequências na coletividade, como engarrafamentos. Mas, para a ABP, “uma boa reportagem pode inverter o contágio”. Por isso, a Folha de Pernambuco abraça a campanha e ousa trazer, nesta edição, o tema a debate, mostrando que é importante identificar sintomas em pessoas de risco e, consequentemente, mostrar os caminhos para a ajuda. “Sem dúvida, esclarecer sobre o que há por trás desse tema ajuda nos esforços de prevenção”, opina o presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria (SPP), Everton Botelho.

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