Pacientes do HCP visitam Museu Cais do Sertão

Antônio Assis
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Juliana Almeida
Folha de Pernambuco

Galdinete Martins, de 49 anos, estava saindo do Hospital do Câncer de Pernambuco, nesta quinta-feira (28), quando foi convidada para um passeio pelo Museu Cais do Sertão, junto ao grupo Renascer. Entre a ideia de ir para casa “ficar pensativa” e aproveitar à tarde, ela aceitou o convite.
“Ainda não participava, mas vou entrar mesmo no grupo. Às vezes a gente só vai do hospital para casa e de casa para o hospital. Saindo a gente se diverte, distrai a cabeça”, sorriu. Galdinete está em tratamento de quimioterapia e aguarda o momento certo para fazer a cirurgia do câncer de mama.
    Maria Vencedora, de 59 anos, já passou por isso. Tendo descoberto aos 52 anos, ela fez cirurgia de retirada de mama e hoje pensa em colocar uma prótese. Para se ocupar, faz crochê e saí com a família. Há dois anos no grupo, a carpinense estava ansiosa para entrar no museu. “Lá em Carpina tem muitas festas, tem muita coisa, mas a gente nem sempre tem tempo de conhecer. Aqui é assim também. Em grupo fica muito mais divertido”, conta.

    Entre as roupas e informações expostas, as mulheres tiravam fotos como verdadeiras turistas. O riso se mantinha constante e algumas até arriscavam passos de forró com as amigas. “Elas trocam o choro pela alegria”, descreveu a assistente social Fátima Filgueira.

    “É algo duro, mas a gente supera. O importante é não desistir de viver, de aproveitar a vida”, ensina Matilde Socorro, de 58 anos. Aposentada, ela investiu numa graduação para ocupar seu tempo. “Todos foram muito receptivos. Conheci gente nova, foi ótimo. Agora penso em fazer um curso de pintura”, disse.
    O Grupo Renascer tem encontros semanais, mas duas vezes ao ano as mulheres saem para um “passeio terapêutico”. “É um momento de inclusão social e cultural e que elas mesmas escolheram. Todo ano, nós nos reunimos com as pacientes para decidir alguns passeios. É um momento importante tanto para a recuperação física quanto psicológica. A felicidade aumenta a imunidade”, disse Fátima Filgueira.

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