Apenas um Arraes/Campos na política

Antônio Assis
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Inaldo Sampaio

O advogado Antonio Campos gostaria de ser visto nessas eleições como um membro das famílias “Arraes” e “Campos” na política. Nem mais e nem menos do que isto, segundo deixou claro em várias entrevistas. Não pretende ser “herdeiro” político do avô, tampouco do irmão, Eduardo, precocemente falecido. Até porque o candidato natural a “herdeiro” do irmão é seu sobrinho, João Campos, colocado na chefia de gabinete do governador Paulo Câmara com a finalidade de preparar-se para disputar uma vaga na Câmara Federal em 2018. Daí ter chocado amigos do seu avô e do seu irmão a confissão feita, em tomo de desabafo, de que uma parte do seu próprio partido não tem interesse na sua vitória para prefeito de Olinda. Ele talvez não merecesse isto pelos relevantes serviços prestados ao PSB em seus momentos alegres e tristes, e também por ter-se preparado para este cargo como, talvez, nenhum outro candidato se preparou.

As razões da quebradeira
Por meio de sua assessoria, o prefeito de Goiana, Fred Gadelha (PTB), deu explicações sobre o “aperto” na prefeitura e a situação de abandono em que o município se encontra. Isso se deve a esses fatores: a) A crise que aflige os municípios; b) Queda de 51% na receita em relação a 2015; c) Dívidas trabalhistas herdadas da gestão anterior; d) Não pagamento pela Fiat de 40 milhões de IPTU que deve ao município.

Perfil > Caso seja eleito no próximo domingo para vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o vereador Ricardo Valois (PR) estará para o prefeito Anderson Ferreira (PR) como Marco Maciel esteve para o presidente FHC: “discreto, sem ser omisso”. A entrada de Valois na chapa impulsionou a campanha de Anderson.

Vices > A TV Jornal de Caruaru promoveu ontem um debate entre os candidatos a vice-prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e Raffiê Delon (PV), o 1º de Raquel Lyra (PSDB) e o 2º de Tony Gel (PMDB).

Crise > A Confederação Nacional dos Municípios calculava que as prefeituras irão receber este ano R$ 93,8 bilhões de FPM, mas até o final de setembro só foram liberados apenas R$ 66,3 bilhões.

Corporativismo > A ministra Carmem Lúcia (STF) declarou que “todas as vezes que um juiz é agredido, eu me sinto agredida”. Mas, e se o juiz for um “bandido de toga” como Nicolau dos Santos Neto?

Líder > O ministro Fernando Filho (Minas e Energia) continua líder de fato da bancada federal do PSB, a julgar pelo apoio dado pela maioria do partido à aprovação da PEC 241. Da bancada de Pernambuco, porém, não lhe batem “continência” Danilo Cabral, Gonzaga Patriota, Tadeu Alencar e João Fernando Coutinho.

Calmaria > Com seis pesquisas de diferentes institutos atribuindo-lhe, em média, 60% dos votos válidos, no Recife, não cabe outra coisa ao prefeito Geraldo Júlio (PSB) senão administrar a dianteira, e ao ex-prefeito João Paulo (PT) “cumprir tabela” para tentar sair dessas eleições maior do que quando entrou.

Rodovias > O governador Paulo Câmara anunciou anteontem um “Plano Rodoviário” para Pernambuco (biênio 2017/2018) com base numa engenharia financeira mal alinhavada porque depende de emendas parlamentares, recursos do Dnit e empresários eventualmente interessados em concessões. Sabendo-se que a promessa feita em 2014 de duplicar a BR-232 até Arcoverde não saiu do papel, custa crer que esse Plano será efetivamente executado.

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