Em Pernambuco, Assembleia criou setor de inteligência, com brechas para arapongagem

Antônio Assis
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Assembleia Legislativa de Pernambuco. Foto: Edmar Melo/ JC Imagem

Pingo Fogo
JC Online

Com a polêmica sobre a arapongagem da Polícia do Senado, na operação deflagrada semana passada, uma olhada na estrutura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) revela haver o que seria um análogo na Casa, a Superintendência de Inteligência Administrativa (Suint). Criado há quase um ano, o setor é ligado ao gabinete do presidente da Casa, Guilherme Uchôa (PDT). Mas calma. A dimensão e estrutura são diferentes do Senado.

Lá no Senado a polícia legislativa tem 161 agentes e autonomia para contrainteligência e até grampos. A Alepe já tinha sua polícia legislativa, 18 agentes sem autonomia, subordinados aos quadros da Polícia Militar à disposição da Alepe. São quase seguranças.

A novidade foi o setor de inteligência. Nasceu de uma lei que dá brecha a arapongagem e criou cinco cargos apenas para gente da Polícia Civil, ao custo de R$ 18 mil por mês só em gratificações.

Nos bastidores, a criação foi justificada para acomodar, como oitavo superintendente, o delegado aposentado Eduardo Porto, irmão do presidente do TCE, Carlos Porto. Mais, não se fala.

Cabe a curiosidade: há seis meses uma sala na Assembleia foi arrombada e computadores furtados. Abafado, o caso ficou sem solução. Ninguém ouviu falar da inteligência antes ou depois.

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