TRE-PE anuncia novos locais de votação para substituir área ocupada da UFPE

Antônio Assis
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Diário de Pernambuco

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco divulgou, neste sábado, os novos locais de votação, que vão substituir as 11 seções eleitorais do Centro da Universidade Federal de Pernambuco e as outras 11 do Centro de Ensino de Graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, devido à ocupação nacional de estudantes que protestam contra a PEC 241. No segundo turno deste domingo, a votação será feita nos prédios situados ao lado das instituições de ensino. Segundo o TRE, cerca de 8 mil pessoas votam nessas seções.

Com 4125 eleitores no total, as seções 144, 147, 151, 165, 181, 207, 229, 238, 252, 220 e 273, por exemplo, foram transferidas para a Faculdade Ceagre - II - UFRPE. Com 3788 eleitores, as seções de números 58 a 68 foram transferidas para o departamento de Hotelaria e Turismo da UFPE.

A aprovação da PEC 241, que limita por 20 anos os gastos públicos - incluindo a área de educação -, desencadeou uma série de protestos nas universidades federais do país. Desde a última quarta-feira, estudantes ocupam a Universidade Federal de Pernambuco, como o Centro de Artes e Comunicação, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas e o Centro de Educação. O mesmo aconteceu no Centro Acadêmico de Vitória, no interior, que vem se mobilizando desde o dia 18 de outubro contra emenda.

Pelo menos 1.108 instituições de ensino estão ocupadas pelos estudantes em 19 estados e no Distrito Federal, de acordo com levantamento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Além de 1.022 escolas e institutos federais, há 82 universidades ocupadas e quatro Núcleos Regionais de Educação.

Além da PEC 241, os estudantes protestam também contra a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio. O Ministério da Educação (MEC) respondeu por meio de nota às críticas dos estudantes dizendo que o teto de gastos proposto PEC 241 é "global e reforça o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas". De acordo com o MEC, sem a proposta o governo "quebra e inviabiliza todas as áreas, incluindo a educação."A proposta de mudanças no ensino médio foi qualificada pelo ministério como "urgente".

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